Economia

Desemprego em Pernambuco sobe para 12,6%, e atinge 472 mil

Dados são da pesquisa Pnad, divulgada nesta quinta-feira (23) pelo IBGE

Carteira de Trabalho - Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

A taxa de desemprego em Pernambuco aumentou mais de dois pontos percentuais entre maio e junho, segundo divulgou, nesta quinta-feira (23), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice passou de 10,5% para 12,6%. Ao todo, 472 mil pernambucanos encerram o mês de junho desempregados e buscando ativamente um emprego. 

Cerca de 1 milhão e 120 mil pessoas fora da força de trabalho, aquelas que não estavam trabalhando nem procuravam por trabalho, em Pernambuco gostariam de trabalhar em maio, mas não conseguiram procurar emprego por causa da pandemia de Covid-19 ou por falta de oportunidade na região em que vivem. Foram aproximadamente 100 mil a menos em comparação ao mês passado, segundo o IBGE.

A pesquisa ainda aponta que o número de pessoas ocupadas em Pernambuco não apresentou alteração significativa entre maio e junho, mas a quantidade de pessoas afastadas do trabalho - em quarentena ou férias coletivas - devido ao distanciamento social caiu de 948 mil para 666 mil pessoas. 

 

Em junho, 20,4% das mais de 3,2 milhões de pessoas ocupadas em Pernambuco estavam afastadas de suas atividades profissionais, contra 28,8% no mês anterior. Ainda segundo a pesquisa, 11,9% da população ocupada no Estado trabalhou de forma remota no mês passado.

A taxa de informalidade em Pernambuco oscilou pouco entre maio e junho, diminuindo de 43% para 42,8% da força de trabalho ocupada e mantendo-se em aproximadamente 1,4 milhão de trabalhadores. 

Os informais são os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregados que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.

Entre as pessoas ocupadas e afastadas do trabalho, seja ou não por conta da pandemia, 465 mil pessoas (56,9%) deixaram de receber remuneração em junho. Em maio, eram 57,8%, uma queda de 0,9 ponto percentual. Entre os trabalhadores ocupados e afastados que ainda estavam recebendo vencimentos, 39,8% do total tiveram rendimentos menores do que o habitual no mês passado, contra 40,4% em maio.

Brasil
No Brasil, a taxa de desocupação foi de 12,4% em junho, um aumento de 1,7 ponto percentual em relação a maio (10,7%). A taxa, acrescenta o IBGE, cresceu em todas as regiões de maio para junho, subindo de 11,2% para 13,2% no Nordeste.