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UFPE apoia campanhas Mãos Solidárias e Periferia Viva

As iniciativas mobilizam docentes voluntários e 50 estudantes dos campi Recife e de Vitória de Santo Antão

A parceria da UFPE beneficia as campanhas Marmita Solidária e Periferia Viva - Divulgação/ Marmita Solidária

Uma iniciativa que visa organizar brigadas de solidariedade nas comunidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), e também no interior, está garantindo direitos sociais às pessoas. A parceria - viabilizada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - é destinada as campanhas Mãos Solidárias e Periferia Viva. As iniciativas mobilizam docentes voluntários e 50 estudantes dos campi Recife e de Vitória de Santo Antão.

Os estudantes bolsistas participam do programa "Mãos solidárias na comunidade: a Universidade na promoção de direitos no contexto da pandemia e pó pandemia". Uma das formações que a UFPE oferece é a de Agente Popular de Saúde, o curso tem duração de 20h e inclui certificado. Já se formaram mais de 500 agentes entre os bairros de Peixinhos, Brasília Teimosa, Ibura e Várzea. 

Os alunos, são de variados cursos e áreas. Entre os bolsistas estão estudantes dos Centros de Ciências da Saúde (CCS), de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA), de Ciências Jurídicas (CCJ), de Educação (CE), de Artes e Comunicação (CAC), de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e do Centro Acadêmico de Vitória (CAV).

Atualmente 48 turmas, com 10 alunos cada, estão abertas na RMR e também no interior do Estado. Os agentes populares de saúde, -como também são chamados-, tem que acompanhar de perto pelo menos 50 famílias, prestando serviços à comunidade. Para um dos coordenadores do Mãos Solidárias, Paulo Mansan, o serviço é complementar aos que os Agentes de Saúde do Estado vêm desenvolvendo.

"Usamos o seguinte jargão: é o povo cuidando do povo. O Estado muitas vezes infelizmente, não chega até as vielas, becos e escadarias das comunidades. A pandemia veio para termos mais cuidados uns com os outros. Nós somos uma força complementar ao Estado", disse Mansan.

A Universidade contribui com as campanhas a partir das brigadas, organizadas em territórios de grande vulnerabilidade social, econômica e sanitária, do campo e da cidade. O trabalho também envolve membros externos à comunidade acadêmica, como moradores das comunidades, docentes e estudantes de outras instituições de ensino, movimentos sociais e também profissionais da área de saúde e outras áreas.

A formação conta ainda com a coordenação da enfermeira-sanitarista e também professora do Centro Acadêmico de Vitória (CAV), Ana Wládia. O conteúdo das aulas é oferecido em três módulos. São passadas as instruções técnicas de como lavar as mãos, uma das maneiras mais relevantes de se prevenir contra o coronavírus. Um dos instrumentos didáticos do programa de formação é a cartilha intitulada, "Agentes Populares de Saúde: ajudando minha comunidade no enfrentamento da pandemia de Covid-19"

As medidas adotadas envolvem, entre outras, a organização e formação de agentes populares de saúde; de bancos populares de alimentos; formação de agentes populares de direitos para auxiliar o acesso ao Auxílio Emergencial; pesquisa das condições sociais da comunidade; construção de hortas comunitárias agroecológicas e farmácias vivas; organização de grupos de economia solidária como organização de costureiras para confecção de máscaras; desenvolver estratégias de comunicação popular (Bicicleta da Saúde), que leva informação aos moradores de rua e fomentar a luta por direitos a moradia digna, saneamento, água potável, gás de cozinha.