Ataque do Estado Islâmico deixa ao menos 24 mortos em prisão no Afeganistão
De acordo com autoridades afegãs, cerca de 30 militantes do Estado Islâmico participaram diretamente do ataque à prisão
A explosão de um carro-bomba seguida de um tiroteio entre combatentes do grupo terrorista Estado Islâmico e forças de segurança afegãs deixou ao menos 24 mortos, nesta segunda-feira (3), durante o ataque a uma prisão em Jalalabad, no leste do Afeganistão.
Na noite de domingo (2), os terroristas explodiram um carro-bomba na entrada da prisão, onde prisioneiros do Taleban e do Estado Islâmico eram mantidos junto com criminosos comuns, e começaram a atirar contra os agentes responsáveis pela segurança do local.
De acordo com autoridades afegãs, cerca de 30 militantes do Estado Islâmico participaram diretamente do ataque à prisão, onde eram mantidos aproximadamente 2.000 prisioneiros. Pelo menos 21 civis e membros das forças de segurança morreram durante o ataque, que também deixou 43 feridos. Três terroristas foram mortos, de acordo com o porta-voz do governador da província de Nangarhar.
Após a explosão inicial, a maior parte dos detentos fugiu da prisão. Até o meio-dia desta segunda no horário local (4h30, no horário de Brasília), pelo menos 700 presos haviam sido recapturados. Ainda há divergências sobre o número total de fugitivos.
Forças especiais do Afeganistão foram enviadas a Jalalabad para auxiliar a polícia local. Moradores das regiões ao redor da prisão estão sendo evacuados e a cidade entrou em 'lockdown'. "Toda a cidade de Jalalabad está sob toque de recolher, as lojas estão fechadas", disse à agência de notícias Reuters o parlamentar afegão Sohrab Qaderi. "Jalalabad está completamente vazia."
O ataque ocorreu um dia depois que a agência de inteligência afegã informou que as forças especiais do país mataram um comandante sênior do Estado Islâmico perto de Jalalabad.
Neste domingo, também se encerrou uma trégua de três dias estabelecida entre os talebãs e as forças afegãs em respeito ao Aid al-Adha, feriado sagrado para os muçulmanos. O Estado Islâmico, que assumiu a responsabilidade pelo ataque, não participa da trégua.