Santa faz reajustes e publica balanços financeiros do último triênio
Clube aguardava valores das temporadas 2017 e 2018 serem recalculados para divulgar finanças do ano passado
Após não publicar no dia 30 de abril, prazo limite conforme determina a Lei Pelé, o Tricolor do Arruda divulgou nesta segunda-feira o relatório contábil de 2019, além das contas revisadas referentes a 2017 e 2018. O levantamento contou com a colaboração de profissionais de outros estados, o que impediu o trabalho mais ágil, uma vez que era necessário aguardar o achatamento da curva da pandemia para eles viajarem ao Recife e elaborarem os demonstrativos dentro do clube.
O relatório da temporada passada já estava concluído há algum tempo, como revelou Ítalo Mendes, coordenador do Núcleo de Gestão do clube, à Folha de Pernambuco em maio. No entanto, era dependente do reajuste dos saldos de 2017 e 2018 e, portanto, não poderia se tornar público isoladamente.
Em três anos, a projeção do passivo no Santa praticamente triplicou. A soma das dívidas circulantes (a curto prazo) e não circulantes (a longo prazo) atingiu R$ 172 milhões, números mais impactantes do que os R$ 53 milhões projetados em 2018, levando em conta as lacunas que foram observadas posteriormente.
Paralelamente, o faturamento também cresceu no Arruda. O valor do montante chegou a R$ 51, 9 milhões, tendo o aumento de R$ 8,8 mi, o que representa 20,6% a mais. O patrimônio tricolor, por sua vez, fez parte da reavaliação e teve um crescimento exponencial. Envolvendo o terreno e o estádio do Arruda, o valor alcança R$ 247,7 milhões no balanço de 2019. É cerca de R$ 222 mi a mais do que o demonstrativo da temporada anterior sem reajustes, quando era apontado em R$ 63,7 mi.