'Decisão do STF não se discute, se cumpre', diz secretário de saúde indígena
Supremo obrigou o governo a garantir a saúde nas aldeias
A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde, já está se mobilizando para fortalecer as barreiras sanitárias de proteção de aldeias indígenas isoladas. Foi o que garantiu o secretário da Sesai, Robson Santos, na reunião da comissão do Congresso Nacional que fiscaliza as ações governamentais de combate à pandemia do coronavírus. A Sesai agora busca se mobilizar para cumprir a decisão tomada nesta quarta-feira (5) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), obrigando o governo a adotar a garantir a saúde dos indígenas.
"Decisão do STF não se discute, se cumpre. Já iniciamos gestões junto à Funai [Fundação Nacional do Índio], à Casa Civil e ao Gabinete de Segurança Institucional visando o fortalecimento desta diretriz, que na verdade sempre foi uma preocupação nossa [do Ministério da Saúde]. Devemos adquirir ainda mais EPIs [equipamentos de proteção individual], insumos e deslocar corpo técnico para fortalecermos as barreiras sanitárias" disse Santos.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também deve atuar em parceria com a Sesai na proteção aos povos indígenas. A decisão do STF acatou ação movida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e seis partidos de oposição ao governo. A reunião da comissão também ouve representantes do Ministério da Justiça e da Secretaria de Orçamento.