Pedidos de seguro-desemprego subiram 11,1% até julho de 2020
Os dados de seguro-desemprego são usados pelo governo e por especialistas como um termômetro para avaliar a situação do mercado de trabalho
As solicitações de seguro-desemprego em 2020 subiram 11,1% no acumulado até julho por causa dos efeitos econômica da crise da Covid-19. No sete primeiros meses deste ano, foram contabilizados 4.521.163 requerimentos do benefício. No mesmo período do ano passado, foram 4.068.385.No entanto, os pedidos estão arrefecendo. Após três meses de alta nas solicitações, em julho houve um recuo na comparação com o ano passado.
Foram 570.543 requerimentos feitos por trabalhadores demitidos em julho. Isso representa uma queda de 8,8% em relação aos 625.605 pedidos feitos no mesmo mês de 2019.Na comparação entre julho e junho de 2020, houve um recuo de 12,7% nos pedidos do benefício. Em junho, foram registradas 653.174 solicitações.
Os dados de seguro-desemprego são usados pelo governo e por especialistas como um termômetro para avaliar a situação do mercado de trabalho antes da divulgação de dados oficiais mais completos sobre contratações e demissões. Membros do governo reforçam que o comportamento dos pedidos de seguro-desemprego (que refletem o efeito da crise no mercado de trabalho) foi amenizado pelas medidas anunciadas para evitar demissões, como a que autorizou suspensão de contratos ou corte de jornadas e salários após acordo entre patrão e trabalhador.
Pessoas afetadas pelo corte recebem uma compensação parcial do governo em valor proporcional ao do seguro-desemprego. O custo total do programa é estimado em R$ 51,6 bilhões. O balanço dos pedidos de seguro-desemprego em julho aponta que os três estados com maior número de requerimentos foram São Paulo (177.305), Minas Gerais (62.274) e Rio de Janeiro (47.075).
Os dados mostram ainda que 39,3% das solicitações em julho foram feitas por mulheres e 60,7%, por homens. Quase um terço -32,8%- de quem requisitou o seguro-desemprego está na faixa etária entre 30 a 39 anos.
Em relação aos setores econômicos, os pedidos estiveram distribuídos entre serviços (43,3%), comércio (25,7%), indústria (16,1%), construção (10,5%) e agropecuária (4,3%). Atualmente, é possível receber de três a cinco parcelas do seguro desemprego. O valor depende do período em que a pessoa esteve formalmente trabalhando e de quantas vezes já solicitou o seguro.