Bloqueio

Plataforma PayPal bloqueia conta de Olavo de Carvalho

A plataforma é um dos canais utilizados por Olavo para receber o pagamento de seus cursos, assim como a PagSeguro, do Grupo UOL

Olavo de Carvalho - reprodução

O escritor e guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho teve sua conta bloqueada na plataforma de pagamentos online PayPal.
Na madrugada desta quinta-feira (6), nas redes sociais, Olavo de Carvalho atribuiu o fechamento de sua conta a um esforço de "comunistas".

A plataforma é um dos canais utilizados por Olavo para receber o pagamento de seus cursos, assim como a PagSeguro, do Grupo UOL.

As duas empresas têm sido pressionadas pelo movimento Sleeping Giants Brasil, que alerta empresas sobre uso de anúncios e plataformas para difundir conteúdos apontados como fake news ou extremistas, prática da qual acusa o escritor.

No caso da PayPal, o movimento aponta que Olavo desrespeitou a política da empresa ao fazer transações que envolvem a promoção de "ódio, violência, racismo ou outras formas de intolerância discriminatória".

Procurada pela reportagem, a PayPal não confirmou o bloqueio nem se manifestou sobre sua duração e se a ação teria sido pontual ou atingido outras contas. Em nota, a companhia afirma que está comprometida em garantir o uso da plataformas de acordo com sua política de uso e que cada situação é avaliada de forma independente.


"Embora não possamos fornecer detalhes sobre contas de clientes de acordo com a política da empresa, se tomarmos conhecimento de atividades que violam a política, tomaremos as medidas apropriadas."

Empresas de tecnologia também têm removido conteúdo falso de autoridades e seus apoiadores. Nesta quarta (5) o Facebook tirou do ar um vídeo do presidente americano, Donald Trump, em que ele afirma que as crianças são "quase imunes" à Covid-19, uma informação sem comprovação científica. Um porta-voz da empresa, dona também do WhatsApp e do Instagram, disse que foi a primeira vez que removeu um post de Trump devido a informações incorretas sobre a doença.

Em julho, a empresa removeu 73 contas ligadas a integrantes do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e aliados, parte delas por promoção de discursos de ódio e ataques políticos.