Coronavírus

Cidade espanhola de 32 mil habitantes é isolada por coronavírus

Aranda de Duero, na Espanha, teve que ser isolada por causa do coronavírus - CESAR MANSO / AFP

Os 32.000 habitantes de Aranda de Duero, cidade 150 km ao norte de Madri, foram colocados sob 14 dias confinamento, a partir desta sexta-feira (7), uma nova quarentena local na Espanha na tentativa de limitar a propagação do coronavírus.

Um mês e meio depois da suspensão total do confinamento na Espanha, Aranda de Duero, uma área em Castilla y León conhecida por seus vinhedos, voltou a impor uma limitação dos deslocamentos e proibiu entradas e saídas da cidade.

Outras quarentenas cirúrgicas foram impostas em regiões como o País Basco, Catalunha e Aragão, as mais afetadas pelos novos focos de coronavírus na Espanha. No todo, o país foi fortemente atingido pela Covid-19, com cerca de 310.000 casos confirmados e 28.500 mortes.

Controles policiais foram instalados nas entradas e saídas da cidade, que permanecerá fechada por pelo menos duas semanas. Deslocamentos serão permitidos em caso de força maior.

 

"Está muito tranquilo, embora estejamos um pouco assustados. As pessoas continuam fazendo suas coisas, mas você vê a queda" na atividade, disse à AFP María José Fernández, uma assistente de loja de 27 anos.

Apesar de um considerável aumento nos casos de Covid-19, com 19.405 novos infectados nos últimos sete dias, o Ministério da Saúde descartou ontem que o país esteja imerso em uma segunda onda da pandemia.

As regiões mais afetadas são Catalunha, com mais de 5.100 casos nos últimos sete dias, e Aragão, com 4.100. Esta última é a mais preocupante, com a pior taxa no país de 312 casos a cada 100.000 habitantes.

Cada região adota o confinamento à sua maneira. As autoridades catalãs, por exemplo, limitaram-se a pedir aos habitantes de Barcelona e arredores que não saiam de casas, enquanto Aranda de Duero se encontra sob rígido controle policial.

Toda Espanha esteve sob um rigoroso confinamento de meados de março até 21 de junho, mas o governo não considera a possibilidade de recorrer a um novo estado de emergência.