Venezuela estende pela quinta vez "estado de alerta" pela COVID-19
A decisão coincide com uma escalada de casos positivos da doença
Presidente venezuelano Nicolás Maduro - AFP PHOTO / VENEZUELAN PRESIDENCY/ JHONANDER
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estendeu neste domingo por 30 dias o "estado de alerta" declarado para combater a pandemia da COVID-19, o que permite a prolongação da quarentena vigente desde março. "Usando as faculdades constitucionais que tenho como chefe de Estado, vou prorrogar o estado de alerta", declarou Maduro durante uma transmissão da televisão estatal ao assinar o decreto que oficializa a medida.
A decisão coincide com uma escalada de casos positivos de COVID-19 na Venezuela. Os dados oficiais, questionados por organizações de direitos humanos, que consideram a situação real muito pior, registram desde meados de março 25.805 contágios e 223 mortes por coronavírus no país, de 30 milhões de habitantes. Trata-se da quinta prorrogação do "estado de alerta", modalidade de estado de exceção que outorga a Maduro poderes especiais, com os quais declarou uma quarentena nacional que está prestes a cumprir cinco meses.
Contudo, a Venezuela iniciará nesta segunda-feira sete dias de "flexibilização" do confinamento. O governo socialista aplica um esquema que chama de "7+7", alternando sete dias de confinamento rigoroso, nos quais todo o comércio deve permanecer fechado, com exceção dos setores ditos "essenciais" (alimentício, saúde), com sete dias de flexibilidade que permitem reativar o restante das atividades econômicas.