Santa deve ficar alerta para disparidade entre ataque e defesa
Cobra Coral vem de cinco empates seguidos e precisa arrumar a casa para a continuidade da Série C
Repetindo o feito dos últimos dois anos, quando deu o pontapé inicial na busca pelo acesso com empates ante Náutico e Treze/PB, respectivamente, não foi em 2020 que o Santa Cruz conseguiu sair com os três pontos na largada da Série C. Ainda assim, o placar de igualdade conquistado fora de casa, contra o Paysandu, pela primeira rodada da competição, foi comemorado pelos jogadores e pelo técnico Itamar Schülle.
Para isso, uma explicação: na partida, o Tricolor não pôde contar com cinco peças importantes, visto que André, Paulinho, Victor Rangel, Didira e Fabiano ficaram em tratamento no Arruda. Além do fato de que o time não sabe o que é perder há nove jogos. Nem tudo, porém, são flores. Em compensação, a Cobra Coral não vence há cinco jogos consecutivos, tendo encarado duas eliminações neste meio tempo, na Copa do Nordeste e na ressacada do Campeonato Pernambucano. Alerta que começa a ser ligado para a disparidade entre os setores defensivo e ofensivo do Mais Querido. O primeiro em destaque, pela solidez construída em campo. O segundo, em débito, ainda precisando de reparos, principalmente do meio para frente.
Em 24 jogos, o time de Schülle anotou 26 gols, uma média de 1,08 gol por partida, tendo balançado as redes apenas quatro vezes nos últimos sete jogos - contra Sport (2), River/PI (1) e Salgueiro (1) -. Na temporada, como um todo, o elenco coral não conseguiu empurrar a bola para o gol em dez oportunidades. Lá atrás, a defesa tricolor tem se portado bem, com apenas 12 gols sofridos. Vale destacar as dificuldades que o grupo enfrenta para fazer a transição de bola do meio para frente, o que, claro, contribui para que o ataque não esteja calibrado. O artilheiro da equipe, Pipico, tem sete tentos anotados, e não marca há seis jogos.
Questionado sobre a disparidade entre os setores e formas de se buscar o equilíbrio, o treinador do Santa distribuiu as responsabilidades no grupo. “Cabe ao treinador motivar os atletas e ter esse bom ambiente que temos de trabalho e responsabilidade. Mas cabe também aos atletas a busca por evolução. É isso que a gente pode fazer para melhorar e também trazer algumas peças da função”.