Recife desativa maior hospital de campanha da Covid-19
Hospital dos Coelhos não receberá novos pacientes a partir desta quarta-feira (12)
Em mais uma etapa da reorganização da rede de saúde emergencial dedicada à Covid-19, a Prefeitura do Recife (PCR) anunciou, nesta terça-feira (11), a desativação do maior hospital de campanha, o Hospital Provisório Recife 2 (HPR 2), localizado no bairro dos Coelhos, área central da Cidade. A gestão municipal usa os dados de 90 dias de redução dos casos graves e óbitos para justificar a medida, além da queda sustentada na ocupação dos leitos.
O processo de desativação do hospital começará nesta quarta-feira (12), quando não serão mais encaminhados novos pacientes à unidade de saúde provisória - que contava com 260 leitos ativos, sendo 100 UTIs e 160 enfermarias. Nesta terça, há 39 pacientes internados nas 100 UTIs ativas do HPR 2 e outras 47 pessoas nas 160 enfermarias em funcionamento. Os novos pacientes serão encaminhados a outros hospitais de rede.
Segundo o prefeito do Recife, Geraldo Julio, 63% dos leitos dedicados da PCR e do Governo do Estado estão ocupados atualmente na Cidade. “Nós chegamos à menor taxa de ocupação das UTIs. Nos hospitais de campanha da Prefeitura, temos 124 pacientes em UTI, sendo apenas 46 do Recife. Vamos dar prosseguimento à reorganização da rede emergencial”, explicou o gestor.
Construído em uma área de mais de 8 mil metros quadrados em antigos galpões da rua Largo dos Coelhos, o hospital chegou a ter 350 leitos ativos - sendo 250 de enfermaria e 100 de UTI. No mês passado foram desativadas 90 enfermarias.
Segundo a prefeitura, a desmobilização completa do hospital deverá ser concluída à medida que os pacientes internados forem recebendo alta da unidade, administrada pela Fundação Martiniano Fernandes, ligada ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).
Reorganização da rede
A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife abriu, no início de julho, 53 UTIs e desativou 300 enfermarias em cinco hospitais de campanha. Além das 90 enfermarias fechadas no HPR 2, foram desativados leitos nos hospitais construídos nas áreas externas do Hospital da Mulher do Recife (HMR - Curado) e das Policlínicas Barros Lima (Casa Amarela), Amaury Coutinho (Campina do Barreto) e Arnaldo Marques (Ibura). No HMR e nas policlínicas, foram removidas as estruturas provisórias erguidas nas áreas externas das unidades, mas todas permanecem com leitos de covid-19 nas áreas internas. Com o fechamento do HPR2, a PCR terá desativado um total de 460 leitos - 100 deles de UTIs.
Com a desativação do HPR 2, a rede do Recife terá 564 leitos ativos, sendo 242 UTIs e 322 enfermarias. A Cidade chegou a contar com cerca de mil leitos municipais em sete hospitais de campanha.
Os equipamentos retirados do hospital dos Coelhos serão levados para outras unidades de saúde da PCR. Parte do material será guardado temporariamente em galpões da prefeitura para caso a curva epidêmica volte a subir na Cidade.