Cinema

Governo federal fica fora de comissão que indica filme brasileiro ao Oscar

Pela primeira vez, o governo federal não terá nenhuma participação na seleção do representante nacional na corrida do Oscar

Até o ano de 2016, os responsáveis por essa escolha faziam parte da Secretaria do Audiovisual, vinculada ao extinto Ministério da Cultura, e dois membros da ABC - Foto: Pixabay

A AIB (Academia Brasileira de Cinema) anunciou os nomes daqueles que compõem a comissão responsável pela seleção do filme nacional que disputará indicações no Oscar de 2021.

A notícia foi divulgada nesta quarta-feira (12), no site da instituição. Pela primeira vez, o governo federal não terá nenhuma participação neste processo de escolha.

Os profissionais que integram o grupo são Affonso Beato, Alê Abreu, Alice Braga, Anna Muylaert, Antonio Pinto, Bruno Barreto, Cacá Diegues, Carlinhos Brown, Carlos Saldanha, Cristina Amaral,Felipe Lacerda, Fernanda Montenegro, Fernando Meirelles, Heitor Teixeira Pereira, Helena Solberg, Heloísa Passos, João Moreira Salles, Jordana Berg, José Padilha, Julia Bacha, Karem Harley, Karim Aïnouz, Kleber Mendonça Filho, Laís Bodanzky, Lucy Barreto, Luiz Carlos Barreto, Lula Carvalho, Marcelo Zavos, Marcos Waltenberg, Maria Augusta Ramos, Mariana Oliva, Mauricio Osaki, Mauricio Zacharias, Otto Guerra, Pedro Kos, Petra Costa, Renato dos Anjos, Rodolfo Damaggio, Rodrigo Santoro, Rodrigo Teixeira, Sergio Mendes, Sonia Braga, Tiago Pavan, Vânia Catani, Vera Blasi, Vera Hamburger, Vincent Carelli, Walter Carvalho e Walter Salles.

Destes membros, Afonso Beato, Lais Bodanzky, Lula Carvalho e Rodrigo Teixeira compõem também a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pela indicação e votação dos longas no Oscar.

Além deles, há outros brasileiros na entidade, que divulgou a lista completa dos integrantes em 30 de junho.
Ao contrário dos anos anteriores, a ABC será a única responsável pelo processo seletivo do filme brasileiro na disputa por uma vaga na principal premiação de cinema do mundo.

Até o ano de 2016, os responsáveis por essa escolha faziam parte da Secretaria do Audiovisual, vinculada ao extinto Ministério da Cultura, e dois membros da ABC.

Já no ano seguinte, a Academia tornou-se responsável por formar a comissão, sob a supervisão da Secretaria. Desta vez, no entanto, o governo federal está fora da seleção.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou em 15 de junho as novas regras para a premiação do Oscar de 2021, com algumas alterações devido à pandemia do novo coronavírus.

O limite da data de lançamento dos filmes agora tem um período estendido por mais dois meses. Sendo assim, a comissão da ABC selecionará um longa brasileiro que tenha sido lançado entre 1º de outubro de 2019 e 31 de dezembro de 2020 e atenda aos outros critérios exigidos pela premiação.