Tecnologia e saúde como principais geradoras de vagas de emprego formal
Dados do Caged apontam as 40 profissões de nível superior que apresentaram estoque de vagas crescente
Setores como tecnologia e saúde continuam despontando como os principais geradores de vagas de emprego formal em pernambuco. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados mensalmente pelo Ministério da Economia, apontaram as 40 profissões de nível superior, que nos últimos 18 meses apresentaram um estoque de vagas crescente, onde 15 são referentes às áreas de tecnologia e saúde, além de um destaque para educação e aviação. As informações foram agrupadas pelo Grow Consulting Group, empresa especializada em recrutamento profissional.
Com relação às ocupações de nível superior listadas pelo Caged, destacam-se cirurgião dentista, clínico geral, piloto de aeronaves, médico generalista, engenheiro de aplicativos em computação, professor de desenho técnico, professor de nível médio na educação infantil e supervisor de telefonistas.
Para trabalhadores de nível médio e superior incompleto a realidade é similar. Dentre as 40 posições agrupadas, destacam-se agente indígena de saúde e de saneamento, porteiro de locais de diversão, guardador de veículos e caldeireiro de chapas de ferro e aço.
“Pernambuco sempre foi um polo médico de referência para o Norte e o Nordeste. Com a pandemia, a demanda só se intensificou. E o investimento em tecnologia, com o ecossistema local que temos no estado e essa transição imposta pelo coronavírus em todo o mundo só vai crescer daqui para frente. As empresas que não tinham priorizado a transformação digital em seu planejamento estão correndo atrás do prejuízo”, avalia Felipe Mançano, sócio e consultor do Grow Consulting Group.
Em contrapartida, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), realizada pelo IBGE, apontou que o Nordeste possui mais de 3 milhões de pessoas desocupadas. Os dados são referentes à terceira semana de julho. Entre o mês de maio e o período em questão, 806 mil pessoas perderam o emprego com carteira assinada na região.
“O primeiro semestre foi marcado por demissões, suspensão dos contratos de trabalho e ao de redução de salários. Com o coronavírus paralisando a economia e trazendo incertezas, muita gente tem aproveitado o momento de escassez para empreender. E não necessariamente abrindo um negócio, mas colocando na prateleira o maior ativo que temos: nossas habilidades e conhecimentos como profissional”, pontua Felipe.
Dessa forma, ele comenta que a atuação empreendedora não se limita a abrir uma empresa, mas que ser freelancer e agregar ações de autopromoção podem ser um movimento importante nesse momento. “Que tipo de valor posso agregar a uma empresa e ajudá-la a crescer? Como posso ser útil prestando meus serviços para sanar a dor de um cliente? Tentar comunicar seu valor é uma boa mensagem inicial para dar um start nas negociações, sem se desvalorizar como capital humano. Explorar as redes sociais para comunicar suas habilidades pode ser um bom começo”, destaca.