Agreste

Polo de Confecções do Agreste ultrapassa 10 milhões de EPIs comercializados

Desde o início de abril, o Governo de Pernambuco vem colocando em prática um plano de ação para fortalecer o setor, fornecendo linha de crédito e ajuda técnica

Mais de 10 milhões de EPIs foram fabricados pelo Polo de Confecções do Agreste - Divulgação/Assessoria

O Polo de Confecções de Pernambuco, localizado no Agreste, precisou se reinventar para minimizar o impacto econômico provocado pela Covid-19. Ajudando nesta adaptação, o Governo do Estado criou, no início da pandemia, o projeto “Máscara para Todos”, que ofereceu apoio técnico, linha de crédito e colocou a produção local, principalmente micro e pequenas empresas, para atender a demanda por equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras de tecido, capote hospitalar, protetor de pés e toucas. O resultado é que o polo já comercializou mais de 10 milhões de EPIs e gerou aproximadamente R$ 30 milhões, ajudando cerca de quatro mil trabalhadores durante a pandemia.  

A secretária Executiva de Políticas de Desenvolvimento Econômico, Maíra Fischer, destacou as ações do Poder Público para ajudar os comerciantes do polo. “O Governo de Pernambuco, por meio da AD Diper e do NTCPE, ajudou as empresas nesse processo de transformação de suas produções. Foram feitas capacitações técnicas para que as empresas pudessem ter os insumos necessários para produzir esses equipamentos. Além disso, foi criado um selo de conformidade onde as empresas, ao entrarem nesse programa, conseguiam demonstrar que estavam produzindo produtos prontos e na necessidade do mercado”, explica. “E por meio de uma linha de crédito, a juros menores que os do mercado e mais desburocratizados, houve um aporte de recursos para que essas empresas pudessem fazer a aquisição de insumos necessários para essa produção. A partir daí, abriram-se mais portas para eles poderem comercializar todos esses equipamentos”, complementa.

Os produtos atendem ao padrão de conformidade e qualidade do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções (NTCPE), instituição contratada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico para executar as políticas públicas direcionadas ao setor. O próprio Governo de Pernambuco já adquiriu, através da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), um lote de 1 milhão de máscaras de tecido do Polo de Confecções. Também foram adquiridas 200 mil unidades de protetores faciais para abastecer os servidores que continuam trabalhando em contato com o público.

Além disso, desde o início de maio deste ano, os produtos foram disponibilizados para comercialização em todo o país, no site do “Máscaras para Todos” (www.mascarasparatodos.org.br). Até o momento, já foram vendidas quase 12,2 mil unidades através da loja virtual.

Apesar da retomada das atividades no polo, liberada no último dia 10, algumas empresas devem continuar fabricando EPIs. “A gente torce para que todas as empresas possam retornar a fabricar seus produtos que faziam antes da pandemia, mas, sem dúvidas, algumas irão continuar a produzir EPIs, pois adquiriram uma expertise e enxergaram um mercado que pode ser explorado por elas”, projeta o presidente do NTCPE, Wamberto Barbosa.