Com operações casa a casa, Peru tenta conter aceleração dos contágios
O Peru enfrenta uma aceleração da pandemia, após o relaxamento da quarentena
O governo peruano lançou nesta quinta-feira (20) operações médicas de casa a casa em bairros vulneráveis de Lima e em territórios provinciais, na tentativa de conter uma aceleração da pandemia de Covid-19.
Equipes médicas de emergências, acompanhadas de agentes militares e policiais, visitaram mais de 800 residências precárias no bairro Perales, no distrito de Santa Anita, ao leste de Lima. Os profissionais da saúde fizeram testes rápidos de detecção de coronavírus e examinaram centenas de vizinhos, na maioria idosos, no primeiro dia da operação 'Tayta' (que significa pai, em quéchua).
Operações similares aconteceram nas regiões de Tacna e Ica, nas andinas Ayacucho e Cusco, e em Loreto, na selva peruana, alcançando 60.000 pessoas vulneráveis, de acordo com as autoridades. Após a realização de exames, as 22 equipes de emergências distribuíram medicamentos a algumas pessoas doentes. Quem deu positivo para Covid-19 recebeu uma cesta básica para ficar em quarentena em casa.
O ministro da Defesa do Peru, Jorge Chávez, anunciou que serão realizadas 50 operações Tayta no país até o fim do ano, com o objetivo de monitorar cerca de 500.000 pessoas vulneráveis. O Peru enfrenta uma aceleração da pandemia, após o relaxamento da quarentena nacional obrigatória em 1º de julho.
Os novos surtos levaram o governo peruano a impor toques de recolher, o confinamento de províncias e proibir reuniões familiares e sociais. Atualmente, um terço da população do país está confinada. Com 33 milhões de habitantes, o Peru é o terceiro país na América Latina em números de óbitos por causa do coronavírus (26.834), atrás apenas do Brasil e do México, e o segundo em número de contaminações (558.420).