Futebol

Kleina cita valorização do grupo e necessidade de aumentar criatividade

Treinador foi apresentado oficialmente nesta sexta (21), no CT Wilson Campos, e já estreia pelo Timbu no sábado (22), contra o Juventude

Gilson Kleina, técnico do Náutico - Caio Falcão/CNC/Divulgação

Um Náutico mais criativo, com jogo apoiado e mais equilibrado entre os setores. Essas são as propostas de Gilson Kleina, novo técnico do clube, para o início de trabalho, com pontapé marcado para o sábado (22), no jogo diante do Juventude, nos Aflitos, pela quinta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro 2020. Em sua primeira entrevista coletiva à frente do Timbu, o treinador destacou quais pontos pretende implementar na equipe, ressaltou a valorização do atual elenco, evitando falar em carências no grupo, e ratificou a importância de os alvirrubros retomarem o bom desempenho como mandante na temporada. 

Primeiras impressões

Quero agradecer ao convite do presidente Edno e de toda a diretoria. Motivo de orgulho estar aqui, podendo construir uma mentalidade vencedora, com uma equipe respondendo em resultado e desempenho. Estou adquirindo muita informação desde minha chegada. Temos uma equipe  comprometida, participativa. Isso é o mais importante. Estamos em busca da primeira vitória e, vindo, isso vai gerar uma confiança e sequência de resultados positivos.

Valorização do elenco

Não sei mensurar a data que o time terá uma identidade. Cada ciclo, nós precisamos evoluir e estimular os jogadores. Claro que, o quanto mais rápido, melhor. Estamos fazendo um diagnóstico. Não estou apontando carências, mas sim valorizando quem está no clube. Se houver necessidade, a conversa que terei com o presidente Edno (Melo), com Diógenes (Braga, vice-presidente) e Italo (Rodrigues gerente de futebol) será a de trazer atletas que ainda não temos a característica (no elenco). Em princípio, queremos valorizar o grupo e dar oportunidade aos meninos da base.

Características do time

Gilmar Dal Pozzo fez um trabalho muito bom, tanto é que estamos hoje na Série B por conta disso. Quando você opta por fazer um jogo apoiado, sendo protagonista,  é necessário ter alguns tipos de construções. O tempo é nosso maior desafio. Os atletas precisam entender o posicionamento. Temos jogadores que podem propor jogo. O elenco tem atletas de articulação, de organização e definição. Não quero dizer que deixaremos de ser reativos. Isso é algo a ser implementado a cada ciclo de treino.

Evolução ofensiva

Para cobrar da parte ofensiva, é preciso ter mecanismo de criar situações. Qual chance real de gol que tivemos contra o Vitória? A gente não conseguiu. Difícil cobrar algum nome da frente, mas eu vi que a equipe é comprometida. Quando perde a bola, todos ficam mobilizados para recuperar. Precisamos criar situações para aumentar o poder de criatividade. Muitas vezes, com três atacantes, não estamos criando para que eles tenham possibilidade de gols.

Aflitos

É um novo mundo para todos. Entrar em um estádio e não ver seu maior patrimônio (torcida) é difícil. A motivação deve ser forte. Temos de entender que isso ainda vai levar um tempo. Primeiro ponto é estar comprometido com a ideia de jogo. Jogar nos Aflitos sempre foi um diferencial, mas precisamos fazer o nosso papel, com nível de concentração alto. Acredito que resgatar as vitórias dentro de casa não é só um problema do Náutico. Outros grandes clubes tiveram essa queda. Flamengo também não está exercendo o mesmo papel em casa. Mesmo não estando no estádio, os torcedores vão passar energia. Eles nos apoiam e jogador precisa disso.