Náutico

Ao citar necessidade de ajustes, Kleina enaltece superação do Náutico ante o Juventude

Treinador paranaense fez seu jogo de estreia à frente do Timbu e, perante às circunstâncias do jogo, valorizou o empate em 3x3 com o Periquito de Caxias

Gilson Kleina, técnico do Náutico - Caio Falcão/CNC

Quando parecia caminhar para sua primeira vitória, o Náutico não segurou o Juventude, tomou a virada, e precisou se contentar com mais um empate na temporada. O quarto consecutivo na Série B. O duelo ante o Alviverde, que terminou em 3x3, no estádio dos Aflitos, foi válido pela quinta rodada da Segunda Divisão. O resultado levou o Timbu a 12ª colocação, com quatro pontos.

Na entrevista coletiva pós-jogo, o estreante e experiente Gilson Kleina avaliou o confronto, destacando os pontos positivos já observados na equipe, e os que ainda precisam ser aprimorados para o Náutico engatar a marcha, na continuidade da Segundona. 

"Nós tivemos alguns aspectos positivos, como também tivemos alguns aspectos negativos. O que mais chamou atenção é que nós saímos com dois gols de diferença. A equipe começou a circular a bola e quando ela começou a circular no meio campo, começamos a ter criatividade pelos lados. Tivemos muitas situações com William Simões, mais o lado esquerdo sendo acionado e desde quando eu comecei a estudar o Náutico, nós tivemos mais presença de área. Nós construimos os dois gols e isso é importante de se falar com o grupo", analisou o treinador alvirrubro.
 

"Ao mesmo tempo, quando tomamos o primeiro gol, numa situação que, ao meu ver, foi falta em Jorge (Henrique). Numa bola cruzada não fechamos a trajetória da bola no primeiro pau, acho que o nosso time espaçou, começou a aceitar o jogo do adversário, começou a colocar as linhas para trás. Isso é uma coisa que, o tempo que tivermos, temos que estimular para a equipe correr para frente, continuar com o bloco alto tentar circular a bola novamente. Mas nós não conseguimos. No segundo tempo, eles voltaram melhor, e nosso time não conseguiu manter aquela energia. Eu não posso muito exigir desse bloco alto, coisa que nós ainda não conseguimos trabalhar. Tomamos o terceiro gol, e fomos buscar com um homem a menos. Tivemos situações de empatar e até de virar", continuou. 

Ainda que a equipe da Rosa e Silva não tenha conseguido se sobressair nos aspectos técnicos e táticos, principalmente depois da expulsão do zagueiro Camutanga, aos 13 minutos da segunda etapa, o técnico fez questão de ressaltar a postura aguerrida apresentada pelo time em campo. Segundo o paranaense, o empate é motivo para se lamentar, mas

"Só enaltercer a superação e entrega de nossos atletas. A gente lamenta pelo empate. Nós estávamos lamentando não estarmos levando os dois pontos pela partida que nós estávamos fazendo, e depois das circunstâncias, temos que valorizar o um ponto que estávamos perdendo. Não estávamos levando nenhum. O futebol é manter a convicção, trabalhar. Não é desculpa, mas tem muito atleta que eu não conheço a característica ainda. Vamos acreditar que a gente pode evoluir a cada jogo", concluiu. Com o empate, o Náutico chega ao nono jogo na temporada sem vencer nos Aflitos. 

Já com o pensamento na próxima rodada, o Alvirrubro encara o Guarani/SP, neste sexta-feira (28), no estádio Brinco de Ouro da Princesa. Desta vez, buscando novos holofotes para, quem sabe, conseguir triunfar na Segunda Divisão por outros caminhos.