'Tuitaço' cobra Bolsonaro por depósitos de Queiroz em conta da primeira-dama

Questionamento chegou a mais de 1 milhão de posts no Twitter

Internautas cobram o presidente Jair Bolsonaro respostas sobre os depósitos de R$ 89 mil feitos pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O "tuitaço" é uma reação a uma ameaça do presidente a um repórter do jornal O Globo, que questionou as operações financeiras nesse domingo (23).

Informações publicadas pela revista Crusoé apontam que Queiroz e a esposa, Márcia Aguiar, repassaram o total de R$ 89 mil em 27 cheques entre os anos de 2011 e 2016 para Michelle Bolsonaro. Ao ser perguntando pelo repórter em Brasília, no domingo, o presidente respondeu: "Minha vontade é encher tua boca na porrada, tá?", em mais um ataque de Bolsonaro à imprensa. Veja o vídeo:
 

Após a declaração, tuiteiros passaram a repetir a pergunta e marcar o usuário do presidente na rede social: "Presidente @jairbolsonaro, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?".
 

A cobrança foi feita por famosos como as atrizes Paolla Oliveira e Bruna Marquezine, o humorista Fábio Porchat, o apresentador Marcelo Tas, a cantora Anitta e o ator Bruno Gagliasso.

 

Os termos foram logo parar nos assuntos mais comentados do Twitter. Segundo o pesquisador sobre ciências de dados e redes sociais Fabio Malini, até por volta das 3h desta segunda-feira (24), o movimento gerou mais de 1 milhão de tweets.

Bolsonaro não respondeu ao questionamento. Na manhã de segunda, ele publicou no Twitter, às 6h45, uma imagem do "Jornal da Record" sobre a delação do doleiro Dario Messer, que afirmou ter repassado mais de R$ 1 bilhão à família Marinho, proprietária do Grupo Globo.

Na mensagem, o presidente publicou: "Há pelo menos 10 anos o sistema Globo me persegue e nada conseguiram provar contra mim. Agora aguardo explicações da família Marinho sobre a delação do 'doleiro dos doleiros', onde valores superiores a R$ 1 bilhão teriam sido repassados a eles", postou, sem citar diretamente a resposta ao movimento no Twitter.