Suape implanta projeto de Logística Reversa
Projeto prevê coleta de resíduos eletroeletrônicos e capacitação de jovens de comunidades locais
O Complexo Industrial Portuário de Suape iniciou na última semana um novo programa de logística reversa no território do porto, com o objetivo de garantir o descarte correto de materiais eletrônicos, além de fomentar as microeconomias locais. Foram instalados 10 ecopontos na região portuária para a coleta de materiais e celulares, e 30 jovens em situação de vulnerabilidade social de comunidades locais serão capacitados para remanufaturar os equipamentos.
A capacitação será feita pela SMS Soluções Ambientais, que firmou um contrato com o Porto, e vai receber R$ 48,5 mil em investimentos. A SMS irá realizar também a coleta e destinação dos equipamentos. Os ecopontos de coleta foram instalados em locais com grande circulação de pessoas na região de Suape. Entre os locais para descarte do produto, estão o Centro Administrativo de Suape (no Centro de Controle e Comunicação), Terminal de Contêineres (Tecon), Shopping Costa Dourada, pedágios, faculdades e restaurantes da região.
O projeto elaborado é dividido em duas etapas. Em um primeiro momento está prevista a instalação e divulgação dos ecopontos, além do início da coleta do material, que será levado a um galpão em Nova Vila Tatuoca, para passar por uma triagem pelos técnicos. Na segunda etapa, prevista para iniciar em novembro deste ano, será feita a seleção e capacitação dos jovens que receberão certificado técnico ao final do curso.
Segundo o diretor de Meio Ambiente de Suape, o projeto é uma forma de atrelar a economia com a sustentabilidade. “Esse é um projeto que estamos trabalhando com o conceito de economia circular em todo o território. Isso tem sido cada vez mais uma opção de sustentabilidade, pensando em produtos mais duráveis, baixa poluição, poucos resíduos para aproveitar as matérias-primas. Esse projeto se dará por meio de entregas voluntárias no complexo industrial, no condomínio das empresas, e o potencial de destinação adequada é muito alta”, disse.
Segundo o Complexo, as empresas que estiverem interessadas também podem solicitar a coleta de eletroeletrônicos nos próprios estabelecimentos, caso tenha um grande volume. Quanto aos equipamentos que serão fabricados pelos jovens, eles vão voltar ao uso por meio de doação a centros comunitários, escolas, associações e outras entidades sem fins lucrativos da região.
O curso será dividido em módulos teóricos e práticos, onde os jovens vão aprender a identificar, operar, manusear e reparar componentes de informática, além de consertar falhas no funcionamento dos equipamentos e softwares, além de aulas sobre empreendedorismo e educação ambiental.
Carlos destaca ainda que o empreendedorismo também vai ser um aliado para que cada vez menos jovens estejam em situações de vulnerabilidade. “O trabalho é feito envolvendo as comunidades do território, os jovens em situação de vulnerabilidade para abrir perspectivas em uma área com alto potencial de crescimento. Abre uma oportunidade para os jovens e ao mesmo tempo engajar as empresas, de destinar equipamento obsoleto, engajar elas no sentido de observar o potencial no território”, destacou.