Marcello Rangel celebra aniversário de disco com novo clipe

1º ano de vida do disco “Quanto mais eu vou eu fico” gera registro em videoclipe para a canção “Cinemascópio”, 1º clipe oficial do álbum

Marcello Rangel, um dos principais expoentes da nova cena musical de Pernambuco, comemora o aniversário do seu álbum de estreia, “Quanto mais eu vou eu fico”.

O disco nasceu sob as premissas dos caminhos que o poeta percorre e sua relação íntima com o viajar e segue galgando novos espaços e ganhando novo reconhecimento com o público e, por isso, ganha registro complementar inédito em vídeo.

O cantor e compositor lançou no último sábado (12/09) o videoclipe para a canção “Cinemascópio”, abrindo dessa forma o ciclo de comemorações do aniversário de sua estreia.

O clipe reúne fotos e vídeos de Rangel transitando por cenário entre Porto Alegre (RS) e Chapada Diamantina (BA), lugares em que o artista passou em suas últimas viagens antes da pandemia. As imagens cruas ganharam intervenções poéticas e montagem pela artista visual Virgínia Di Lauro, baiana radicada na capital gaúcha. Colagens, linhas, curvas e uma edição perspicaz ressaltam um olhar inventivo, único e sensível sobre o conceito de perder-se por estradas e paisagens para chegar ao íntimo de si mesmo.

“Cinemascópio” é a canção do álbum que mais repercutiu nas plataformas digitais nesse último ano e segundo Marcello ilustra bem todo o disco. “É justamente a música que abre o disco e sintetiza a mensagem de todo o álbum”, afirma o artista. A faixa, uma composição coletiva de Rangel com Juliano Holanda, Clara Torres, Isadora Melo e PC Silva, bateu 13 mil execuções no Spotify, o dobro de “Não É Easy”, por exemplo, a faixa mais “pop” do álbum. “Sinal que o público está bem sintonizado com a mensagem que eu quero passar”, percebe o artista.

Primeiro registro oficial de “Quanto mais eu vou, eu fico” e já está disponível no canal do artista no Youtube. Engana-se quem pensa que as celebrações do aniversário de primeiro ano de vida do disco se encerram por aí, durante o mês de setembro, o cantor solta conteúdos especiais em suas redes sociais, entre as ações se destacam novas interpretações de músicas do disco e produções audiovisuais sobre o processo de construção da obra.

MAIS CONCEITO, MAIS CANÇÃO 

Embora tivesse uma passagem marcante pela banda Araça Blu (2009 -2014), quando fez o show de lançamento do álbum, ano passado, no Teatro Apolo não esperava uma repercussão tão grande. “Mesmo após tantos meses de lançamento, continuo recebendo mensagens de pessoas que dizem se identificar com as letras, que se veem nas mensagens por trás das canções... Isso é muito gratificante”, afirma o cantautor. Trazendo uma forte narrativa imagética e muito lirismo, como os bons álbuns típicos da nova canção brasileira, “Quanto mais eu vou eu fico” reúne 10 faixas coproduzidas por Iuri Brainer, Rogério Samico e Ricardo Fraga. Juntas, elas atingem quase 60 mil execuções apenas no Spotify, números animadores para um disco de música independente.
De acordo com o cantor, o clipe segue a mesma linha do conceito do disco.

“O clipe vem justamente para coroar esse momento. Se o público tem recebido bem o álbum, é meu dever corresponde-los e seguir produzindo”, afirma Marcello. “Quanto mais eu vou eu fico” fala das viagens internas e externas que fazemos; dos locais mentais e físicos pelos quais a arte nos conduz. É cinema, narrativa e, sobretudo, poesia, que transita entre imagem e som. Música atemporal e não territorial, do mundo para o mundo”.

Além do projeto solo, o cantor também acumula projetos bem sucedidos: circulou em shows com a Mostra Reverbo; assinou a composição do frevo “Quer mais o quê”, cantando ao lado da lendária Banda de Pau e Corda; e viu “Quanto mais eu vou eu fico” chegar aos palcos de Pernambuco e do Rio de Janeiro em adaptação cênica da Bubuia Companhia de Teatro, inclusive com “Cinemascópio” na trilha sonora. Um artista das palavras, cuja obra abriga e revela novas sensações e um nome para ficar de olho nos próximos anos.