Economia

Aumentou preço do ovo também, é a lei da oferta e da procura, diz Bolsonaro

"Eu não posso é começar a interferir no mercado. Se interferir, o material some da prateleira", afirmou o presidente enquanto falava da alta nos preços de alimentos

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) - Carolina Antunes/PR

Ao comentar o aumento do preço do arroz com apoiadores no Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o preço do ovo também aumentou, mas que isso faz parte das regras de mercado. "Aumentou o preço do ovo também. É a lei da oferta e da procura. É igual o arroz", disse Bolsonaro ao deixar a residência oficial.

De acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP, a caixa com 30 dúzias de ovos vermelhos, que saía a R$ 101,83 em 28 de agosto, subiu para R$ 105,40 em 4 de setembro e para R$ 105,79 em 11 de setembro. Em abril, chegou a R$ 137,87.

O ovo branco, nas mesmas datas foi de R$ 81,61 para R$ 87,30 e chegou a R$ 87,47. Em abril, o valor chegou a R$ 116,85.
Proteína barata, de fácil preparo e durável, o ovo é usado por famílias de baixa renda como substituto de carnes mais caras.
Já o arroz, que se tornou o vilão dos supermercados, subiu, segundo o presidente por causa do aumento do consumo gerado pelo auxílio emergencial de R$ 600 e à alta do dólar, o que favoreceu as exportações.



Uma das providências tomadas para tentar segurar o preço do alimento foi o anúncio da compra de 400 mil toneladas de arroz do exterior sem o imposto de importação. O presidente, no entanto, previu a normalização dos preços do produto apenas para o fim do ano.

"A partir do final de dezembro começa uma colheita grande de arroz, aí normaliza o preço. Eu não posso é começar a interferir no mercado. Se interferir, o material some da prateleira, isso que é pior", disse Bolsonaro aos apoiadores.