EUA quer Marinha 'mais letal' para enfrentar China

A expansão incorporará "mais e menores" navios de superfície, mais submarinos e barcos autônomos e não tripulados

Donald Trump, presidente dos EUA - JIM WATSON / AFP

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, anunciou nesta quarta-feira (16) a expansão da Marinha do país para que fique "mais letal" e possa enfrentar o expansionismo da China no Pacífico.

O chefe do Pentágono declarou que está em andamento uma grande revisão do poder naval americano para ampliar a frota para mais de 355 navios. Atualmente, são 293.

O plano, batizado de "Future Forward" (Futuro em Frente), exigirá bilhões de dólares do orçamento da Marinha até 2045 e tem como objetivo final a supremacia nos mares sobre a China, considerada a principal ameaça para os Estados Unidos.

"A futura frota será mais equilibrada em sua capacidade de produzir efeitos letais do ar, no mar e sob o mar", declarou Esper em discurso na Califórnia.

A expansão incorporará "mais e menores" navios de superfície, mais submarinos e barcos autônomos e não tripulados. O plano também prevê a aquisição de novos porta-aviões não tripulados.

O Pentágono quer contar com uma frota mais apta para conflitos de alta intensidade, projetar o poder e a presença dos Estados Unidos e realizar ataques precisos de longas distâncias.

Esper reiterou que a China é a principal ameaça para os Estados Unidos e que a região Indo-Pacífica é um "palco prioritário" para as forças armadas americanas.

"A região não é só importante por ser um núcleo do comércio mundial, mas também por ser o epicentro da competição de poder com a China", disse o secretário de Defesa.

Um relatório do Pentágono sobre a Marinha chinesa revelou que Pequim tem a maior força naval do mundo, com 350 navios e submarinos.

Esper lembrou, porém, que alcançar o objetivo de fortalecer a Marinha significará um grande esforço orçamentário.