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Sem sugerir datas, Ministério da Saúde orienta escalonar horários de aula e intervalo nas escolas

Entre as medidas, o texto orienta que escolas escalonem horários de chegada e saída dos estudantes e o intervalo das turmas

Sala de aula vazia - Arthur Mota / Folha de Pernambuco

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (18) um guia com orientações a estados e municípios para o que chama de "retomada segura" das atividades em escolas em meio à pandemia da Covid-19.

Entre as medidas, o texto orienta que escolas escalonem horários de chegada e saída dos estudantes e o intervalo das turmas, além de medir a temperatura na chegada às escolas e fazer higiene das mãos antes da entrada nas salas de aula.

Sugere ainda que escolas limitem interações entre alunos e que seja observado, dentro e fora de sala, o espaço mínimo de um metro de distância entre estudantes, que devem usar máscaras. Não há orientações específicas, como qual deve ser o número máximo de alunos em cada sala.

No documento, a pasta também evitou dar orientações específicas sobre quando a atividade deve retornar ou com que etapas de ensino deve se dar a retomada.

Ao apresentar rapidamente as orientações, o secretário de atenção primária, Raphael Parente, defendeu que a decisão sobre a volta das aulas cabe aos estados e municípios.

Segundo ele, a ideia é que o documento ajude com orientações básicas de saúde.

Questionado sobre quais as recomendações da pasta diante de decisões diversas adotadas entre estados, o secretário-executivo, Elcio Franco, respondeu apenas que a "orientação principal é preservar vidas".

"É mais uma orientação que deve ser seguida com bastante prudência, atendendo a decisão do gestor local, que deve considerar a capacidade da rede de saúde, como atender em caso de adoecimento, a quantidade de infectados em seu município e a taxa de letalidade para poder tomar essa decisão", disse.

Para ele, o país deve se adaptar a uma nova realidade, "mas não pode parar de viver". A fala contrasta com orientações de equipes anteriores da pasta.

"Temos que nos adaptar a uma nova realidade, em que vamos absorver novos hábitos, como a higienização das mãos, uso de máscaras e manutenção do distanciamento, tudo isso aliado a uma futura vacina que, se Deus quiser, teremos acesso a ela" disse Franco.

"Mas não podemos parar de viver, e com toda segurança possível, temos que iniciar essa retomada das atividades que são essenciais para nossa saúde mental."