Pés no chão, características e titularidade: Perí é apresentado no Santa Cruz
Lateral-esquerdo de 34 anos já treina com o elenco no Arruda e, caso regularizado a tempo, pode estrear com a camisa coral na próxima segunda
Os ares no Arruda amanheceram à vista de uma cara nova. Após desembarcar no Recife para suprir a carência mais urgente do Santa Cruz até aqui, o lateral-esquerdo Perí foi apresentado pelo clube, e já deu início aos trabalhos físicos junto ao restante do elenco na manhã desta terça-feira (22). Tendo na conta apenas 45 minutos de jogo em 2020, e ainda na espera para ser regularizado, o jogador de 34 anos preferiu não cravar a titularidade na posição, mas garantiu empenho para estrear com a camisa tricolor o mais rápido possível.
“Eu joguei pouco esse ano. Claro, o atleta tem que respeitar todas as decisões de treinadores, principalmente os companheiros. O professor Martelotte me fez esse convite, eu aceitei, os preparadores físicos estão intensificando os trabalhos, e eu espero estar apto o mais rápido possível para poder ajudar a equipe”, iniciou.
Além de lateral, Perí também já atuou como volante e meia. O jogador tem características mais defensivas, de marcação. O último clube do atleta foi o Água Santa/SP, ainda assim, Pernambuco não é lugar estranho para o alagoano de Palmeira dos Índios, que acumula passagens por Vitória das Tabocas, Salgueiro e Sport.
Na espreita para ocupar a vaga que hoje é a grande dor de cabeça de Martelotte, o jogador deixou claro enxergar com bons olhos a concorrência pela posição (mesmo só tendo ele como atleta de ofício). Segundo Perí, esse cenário de disputa sadia é positivo para o clube.
“A gente vem para ajudar a equipe, para somar. Quem vai jogar ou não, vai depender do treinador, sei que os jogadores que vêm atuando de maneira improvisada deram conta do recado, isso é bom, mais jogadores para a posição, Mas independente de quem jogar, o respeito tem que existir sempre”, defendeu. Caso seja regularizado até esta sexta-feira, Perí pode ser a novidade do Tricolor para o jogo de segunda, contra a Jacuipense, no Arruda, pela oitava rodada da Série C.
Confira os demais trechos da entrevista
Características
Por ser de uma posição defensiva, eu sempre prezei muito por procurar marcar bem, dar conta do recado lá atrás, até porque defensor é muito cobrado. Por mais que façam boas partidas, um erro já coloca o jogador numa situação incômoda. A gente prefere aprimorar a parte do setor defensivo, mas claro que subimos ao ataque, procuramos abastecer os homens de frente da melhor maneira possível.
Já joguei como ala, já joguei no meio como volante. Às vezes como volante para fazer aquela diagonal no fundo. Não vejo dificuldade nenhuma, já joguei na linha de três também. O importante é estar pronto para o que o treinador precisar.
Prevenção
Foi uma coisa que desde o início da minha carreira prezei muito. Treinar muito, se cuidar, principalmente. Ter cuidado com o extracampo, nunca tive problema algum. Isso para um jogador profissional é importante, o descanso, a vida lá fora também é muito importante para que dentro de campo possa fazer o seu melhor, estar bem condicionado e fazer boas partidas. O descanso é essencial e vamos aprimorando. A experiência com o passar do tempo vai nos ajudando, tem alguns atalhos que a gente já percorre.
O Toty da lateral esquerda?
Parecido. Toty é um pouquinho mais leve, inclusive já tive a oportunidade de jogar contra ele, acho que em 2012. Depois que eu vi essa ascensão dele, lembrei da época que jogamos contra, é um jogador incrível, “pulmão de aço", pode-se chamar assim. Um cara muito gente boa, que dentro de campo dá o máximo para ajudar a equipe, isso é bacana de ver. Eu procuro fazer dessa maneira, me doar ao máximo dentro de campo para que a equipe saia feliz e com o resultado positivo.