Pazuello diz que não tem preconceito com origem de vacina contra Covid-19 e que busca a que funcione
Seguidores do presidente Jair Bolsonaro têm criticado a CoronaVac por estar sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech
Em reunião do comitê gestor do Programa de Desenvolvimento Institucional do SUS nesta quinta-feira (24), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que não tem qualquer preconceito com a origem da vacina contra o coronavírus e que negocia para que o Brasil tenha a que funcione, não importa de onde venha.
Seguidores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) têm criticado a CoronaVac por estar sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech.
Além disso, o governador de São Paulo e antagonista de Bolsonaro, João Doria (PSDB), assinou acordo para importação e produção da vacina, o que fez com que o presidente desdenhasse dela.
"O que é mais importante nessa vacina [de Oxford, negociada pelo governo federal], diferente daquela outra que um governador resolveu acertar com outro país: vem a tecnologia pra nós. E junto com os meios que nós temos, nós temos como, realmente, dizer que fizemos o possível e o impossível para salvar vidas, ao contrário daqueles que teimam em continuar na oposição desde 2018, dizer o contrário", disse Bolsonaro em agosto.
No domingo (20), Doria afirmou que São Paulo terá 46 milhões de doses da vacina até dezembro.
A fala de Pazuello nesta quinta-feira (24) teve o objetivo de pontuar que sua pasta fará o esforço para deixar de fora fatores ideológicos nas avaliações sobre liberação, produção e distribuição de vacinas no Brasil.
Na reunião, Pazuello disse que negociará a vacina desenvolvida na China caso os testes clínicos mostrem que é a mais eficiente e a mais viável de se importar ou produzir no país.