São Paulo perde para o River Plate e é eliminado da Libertadores
Com apenas quatro pontos em cinco jogos, os comandados de Fernando Diniz já não podem alcançar o próprio River, que chegou aos dez
No duelo entre um time muito bem treinado e outro sem o mesmo encaixe, deu a lógica em Avellaneda, na noite de quarta-feira (30). O River Plate derrotou o São Paulo por 2 a 1, assegurou sua classificação às oitavas de final da Copa Libertadores e eliminou a equipe do Morumbi com uma rodada de antecedência no Grupo D.
Com apenas quatro pontos em cinco jogos, os comandados de Fernando Diniz já não podem alcançar o próprio River, que chegou aos dez. A LDU lidera a chave, com 12, e também está classificada. Restará ao São Paulo duelar com o Binacional pelo terceiro lugar, que vale vaga na sequência da Copa Sul-Americana.
Finalista das duas últimas edições da Libertadores, o River Plate mostrou o entrosamento decorrente de mais de seis anos do ótimo trabalho do técnico Marcelo Gallardo. O comandante contou com uma boa jornada do atacante Julián Álvarez, que soube aproveitar as falhas defensivas do adversário para balançar a rede duas vezes.
Diego Costa chegou a marcar de cabeça, ainda no primeiro tempo, naquele momento deixando o placar empatado, mas o lance de bola parada foi um raro momento de felicidade dos visitantes no estádio Libertadores de América, na região metropolitana de Buenos Aires. O time brasileiro ainda apertou no final e teve chance de empatar, sem sucesso.
Foi o sexto jogo seguido sem vitória do clube do Morumbi, que voltou a apresentar problemas crônicos, especialmente na recomposição defensiva. Os erros custaram caro e acabaram com as chances de classificação, que já eram bem pequenas.
Em Avellaneda, onde o River vem atuando porque sua casa está em reformas, não demorou para que sua melhor organização tática ficasse clara. Quando chegava ao campo de ataque, a equipe argentina conseguia trocar passes com facilidade, aproveitando sobretudo o espaço oferecido no lado esquerdo da defesa do São Paulo, onde falhavam Léo e Reinaldo.
Foi por ali que os donos da casa construíram sua primeira chance clara. Aos seis minutos, Montiel driblou Léo e ficou na cara de Tiago Volpi, que fez ótima defesa. Cinco minutos mais tarde, quando os anfitriões chegaram tocando rapidamente pelo meio, o goleiro não conseguiu evitar a abertura do placar.
Julián Álvarez aproveitou a hesitação de Reinaldo, recebeu de De la Cruz na área e bateu de pé direito para balançar a rede. E a vantagem só não foi ampliada pouco depois porque Álvarez se enrolou na frente de Volpi tentando driblá-lo.
O São Paulo tentava sair, porém o meio-campo formado por Tchê Tchê, Hernanes e Daniel Alves pouco produzia. Na frente, Pablo mostrava disposição, embora recebesse pouca ajuda de Vitor Bueno e Igor Gomes. Mas, mesmo sem muito construir, o time chegou ao empate aos 26 minutos, em escanteio completado por Diego Costa de cabeça.
O lance não resolveu os problemas da equipe de Diniz, que continuava tendo enormes dificuldades quando perdia a bola, oferecendo as duas pontas ao River. A formação argentina agradeceu e aproveitou aos 37, quando Suárez avançou em velocidade pela esquerda, cortou Diego Costa e rolou para Julián Álvarez marcar de novo.
Em dificuldade, Diniz resolveu apostar no atacante Brenner no intervalo, sacando Hernanes e recuando Igor Gomes. Não deu resultado imediato, e foi o time portenho que teve a primeira chance da etapa final, após saída errada de Reinaldo. Borré falhou na área e desperdiçou a oportunidade clara.
Com o desenrolar do segundo tempo, o São Paulo passou a adotar um comportamento mais agressivo. Se não era uma blitz, a equipe paulista ao menos passou a controlar um pouco mais a bola em busca de espaços. Reinaldo chegou a encontrar uma brecha, em tabela com Vitor Bueno, porém Daniel Alves não se esticou para aproveitar o cruzamento por baixo.
Nos minutos finais, já com Paulinho Boia, Tréllez e Toró em campo, o time brasileiro tentou pressionar em busca do empate que ao menos evitaria a eliminação matemática. Brenner recebeu na área e parou em Armani. Tréllez quase fez no rebote. Mas a derrota não foi evitada.
River Plate
Armani, Montiel, Martínez Quarta, Pinola e Casco; Nacho Fernández (Cristian Ferreira), Enzo Pérez (Ponzio) e De la Cruz; Julián Álvarez (Paulo Díaz), Suárez e Borré (Lucas Pratto). T.: Marcelo Gallardo
São Paulo
Tiago Volpi; Juanfran, Diego Costa, Léo Pelé e Reinaldo; Tchê Tchê (Toró), Daniel Alves, Hernanes (Brenner), Igor Gomes; Pablo (Tréllez) e Vítor Bueno (Paulinho Boia). T.: Fernando Diniz
Estádio: Libertadores da América, em Avellaneda (ARG)
Árbitro: Cristian Garay (CHI)
Assistentes: Christian Schiemann e Claudio Rios (CHI)
Cartões amarelos: Casco, Enzo Pérez e Suárez (RIV); Juanfran, Daniel Alves, Diego Costa e Vítor Bueno (SAO)
Gols: Julián Álvarez (RIV), aos 10min e aos 36min, e Diego Costa (SPO), aos 25min do 1ºT.