Quadrinhos

HQs lançadas pela Cepe são finalistas de prêmio nacional

1.162 trabalhos foram inscritos no prêmio em 2020, e a lista dos indicados, divulgada nesta terça-feira (29)

Capa de Polinização - Divulgação

Polinização e o Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos, os dois livros de histórias em quadrinhos que inauguraram o selo HQ da Cepe Editoria, em 2019, são finalistas da 32ª edição do Troféu HQ Mix.

O primeiro concorre à categoria Desenhista Nacional, com o artista plástico Cavani Rosas, e O Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos disputa as categorias Edição Especial Nacional (Cepe) e Novo Talento - Desenhista, com o artista plástico Greg, um dos ilustradores do álbum.

1.162 trabalhos foram inscritos no prêmio em 2020, e a lista dos indicados, divulgada nesta terça-feira (29), contempla cerca de dez obras em cada uma das 32 categorias. Os vencedores serão conhecidos durante cerimônia on-line a ser realizada em 12 de dezembro próximo nas redes sociais do Sesc, entidade que apoia a iniciativa. Eles serão escolhidos numa votação nacional feita por desenhistas de HQ e de humor gráfico.

Segundo Diogo Guedes, jornalista e editor da Cepe, a iniciativa nasceu como forma de impulsionar o mercado de HQ’s local. “O selo Cepe HQ surgiu da vontade de publicar mais obras em quadrinhos, uma linguagem que sempre buscou e mereceu mais espaço em Pernambuco (e no Brasil). Essas indicações no Troféu HQ Mix são um reconhecimento do talento dos artistas - veteranos ou emergentes no cenário dos quadrinhos - e das obras que publicamos, e é uma alegria ver os dois primeiros livros do selo recebendo esse destaque nacional mais do que merecido", disse.

O Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos é o primeiro título lançado pelo Selo HQ da Cepe e traz quatro histórias baseadas em fatos reais ocorridos durante a ditadura de Getúlio Vargas. Este ano, o livro entrou na lista dos dez melhores quadrinhos publicados no Brasil, segundo o Prêmio Grampo 2020, conferido por jornalistas e críticos especializados no segmento literário. Com 115 páginas, a publicação, roteirizada por Clarice Hoffmann e Abel Alencar, é ilustrada pelos artistas plásticos Maurício Castro, Paulo do Amparo, Greg e Clara Moreira. 

Já Polinização é a primeira graphic novel do jornalista e crítico de arte Júlio Cavani (roteiro) e de seu pai, o artista plástico Cavani Rosas (desenhos). Com 87 páginas, o projeto é fruto de uma década de construção e traz, em quase duzentos quadrinhos desenhados e escritos a bico de pena, temáticas como liberdade individual, legalização de substâncias consideradas ilícitas, respeito às culturas de povos tradicionais, repressão política e policial, entre outras questões.