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Em resposta a Doria, Ministério da Saúde descarta preferência para comprar vacina chinesa

O secretário-executivo da pasta afirmou que "não pode comprar o que não existe"

Governador João Doria e CoronaVac - Divulgação/Governo de São Paulo

O Ministério da Saúde minimizou nesta sexta-feira (9) as tratativas para a obtenção e a distribuição da vacina Coronavac, parceria do governo de São Paulo com a chinesa Sinovac, e afirmou que elas não estão mais avançadas do que as demais imunizações analisadas pelo governo federal.

O secretário-executivo da pasta afirmou que "não pode comprar o que não existe".

A posição foi anunciada no mesmo dia em que o governador João Doria (PSDB) colocou pressão sobre o governo federal para obter uma resposta a respeito da parceria. Doria afirmou que já tem um "plano B" para a distribuição para outros estados, caso não feche parceria com o governo federal.

Doria pretendia acrescentar a Coronavac no plano de imunização federal, mas ainda não obteve um posicionamento do Ministério da Saúde.

"Nossos entendimentos com o estado de São Paulo, com o Instituto Butantan, estão no mesmo passo em que estão os entendimentos bilaterais com os laboratórios com os quais estamos entrando em contato", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco.

Franco repetiu a versão largamente difundida pela pasta de que se dará prioridade para a primeira vacina que ficar pronta, que se mostrar confiável, que for oferecida em grande quantidade para a população brasileira e que tiver um bom preço.

"A vacina que ficar pronta primeiro com certeza será uma opção para adquirirmos. De acordo com a legislação brasileira, eu não posso comprar o que não existe", disse o secretário-executivo, que em seguida explicou que o contrato mantido .

"Então, assim como o Butantan, os outros laboratórios que estamos buscando para termos conhecimento e acesso à vacina segura e eficaz estão no mesmo rol."

Por outro lado, Franco lembrou que a Coronavac está em fase 3 de testes clínicos e que por isso pode virar uma candidata, caso seu registro seja aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O secretário-executivo também lembrou que já há a garantia de 140 milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19 para o primeiro semestre do próximo ano.

Desse total, 100 milhões são resultado da parceria fechada com o laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, por intermédio da Fiocruz.

As outras 40 milhões de doses são referentes à adesão brasileira à iniciativa Covax Facility, liderada pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O Brasil pretende imunizar 10% da população brasileira com a adesão a esse mecanismo.
"Permanecemos em contatos bilaterais não só com o Instituto Butantan, a coronavac, como também com outros institutos nacionais que buscam parcerias com laboratórios internacionais. Buscamos dentro desse portfólio abrir oportunidade para abrir acesso o quanto antes a una vacina segura e eficaz."