Santa Cruz

Distante, Martelotte expõe blindagem do elenco ao cenário político do Santa Cruz

Apesar do fervor que envolve as discussões políticas no Tricolor, o treinador destacou que os bastidores não tem atrapalhado o time dentro de campo

Marcelo Martelotte, técnico do Santa Cruz - Rafael Melo/Santa Cruz

O Santa Cruz tem vivido dias de ambiguidade, catalizados entre o fervor político nos bastidores, envolvendo as discussões sobre do período eleitoral do clube, e a tranquilidade do futebol demonstrada dentro de campo e traduzida nos bons resultados conquistados pelo time na Série C. Dois mundos que naturalmente se interligam, hoje, no Arruda, são tratados de forma separada. Com discurso distante e “alheio” ao cenário político, o treinador Marcelo Martelotte evidenciou a blindagem do elenco ao momento de turbulência interno encarado pela Cobra Coral. 

Para ele, é justamente mantendo a linha da boa campanha na Terceirona que o time será capaz de contribuir com o futuro do clube. 

“O futebol está totalmente separado de qualquer situação política. A gente tem trabalhado com tranquilidade no dia a dia, e o que a gente pode colaborar com o clube nesse momento é com resultado, fazendo bem o nosso trabalho, buscando nosso objetivo maior que é o acesso. Entendo que fazendo esse nosso trabalho bem, conquistando esse objetivo vamos estar colaborando com o futuro do Santa Cruz também. Parte política não cabe a nós, estamos alheio a isso”, explicou.
 



O Santa Cruz não sabe o que é jogar diante de sua torcida desde o dia 12 de março, quando triunfou por 3x0 sobre o Botafogo/PB, pela sétima rodada da Copa do Nordeste, no Arruda. O formato sem público nos estádios, devido à pandemia do novo coronavírus, não significaria, no entanto, que atletas, comissão técnica e funcionários se adequariam sem resistência ao ruído de suas próprias vozes dentro de campo. 

Perguntado se, no momento, o Tricolor se vê com maior vantagem sob a ausência do público nos estádios tendo em vista o momento político do clube, Martelotte destacou não haver ganhos nesse aspecto. Pelo contrário. 

“Não tenho necessitado nem fazer um trabalho especial quanto a isso, porque é um grupo de jogadores muito conscientes nesse sentido. É lógico que a gente sente muito a ausência do torcedor. Não existe vantagem alguma para o Santa Cruz com o fato de estarmos jogando sem torcida. Sabemos o quanto o torcedor é importante e o quanto ele sempre foi importante em todas as campanhas do Santa Cruz, as vitoriosas, principalmente”.

“Tudo o que a gente queria nesse momento tão bom era ter o torcedor do nosso lado. Tenho certeza que independente da questão política do clube, o torcedor estaria nos apoiando e seria mais uma vantagem. Vamos ver se até o final dessa competição o público volta aos estádios e a gente pode, em algum momento ainda, contar com o nosso torcedor”, concluiu.