Futebol

Antes questionada, adaptação à 'versão Martelotte' vai mostrando face no Santa Cruz

Construção do equilíbrio entre setores tem se tornado evidente nos jogos do Tricolor

Elenco do Santa Cruz comemorando gol - Rafael Melo/SCFC

Tão versátil quanto as dinâmicas do futebol, são as mudanças que o cercam. Chato seria se o tempo dentro das quatro linhas se mantivesse 100% estável, sem a possibilidade de acertos e evolução. O Santa Cruz que o diga. Há três rodadas, ressaltava-se a necessidade de adaptação do elenco ao modelo de jogo implementado por Marcelo Martelotte, antes ainda preso na metodologia de Itamar Schülle, com uma parte do campo funcionando e a outra ainda tentando se encontrar. Incorporação que já começa a ser observada desde a vitória por 3x1 sobre o Ferroviário, fora de casa. 

Não exclusivamente por influência do resultado traçado. Os três pontos, inclusive, surgiram como fruto do processo de divisão de tarefas entre os setores defensivo e ofensivo, que, seguraram as pontas no jogo dentro de suas peculiaridades, mas trabalhando coletivamente. Postura que também foi percebida no triunfo por 2x1 ante o Paysandu, no último domingo, e que garantiu ao time a liderança do Grupo A, abrindo oito pontos de distância para o quinto colocado, o Treze/PB, adversário dos pernambucanos no próximo sábado. 

Ainda que o time tenha apresentado a velha queda de rendimento de um tempo para o outro diante do Papão, os passos da gradual estabilização da equipe não passaram despercebidos, aspecto que se interliga diretamente à nova roupagem facetada na "versão Martelotte". Até acertar o "ponto" nesse limear, as variantes de atuações devem acontecer, até levando em consideração o estilo de jogo proposto pelo atual comandante tricolor, mais ofensivo. O que, no entanto, não implica dizer que um setor deve funcionar melhor que o outro. A busca pela balança, nesse sentido, tem se mostrado uma constante. 

O Santa ainda não perdeu sob o comando de Martelotte. Em cinco jogos, a Cobra Coral sofreu cinco gols e marcou nove.