PERNAMBUCO

Hospital de referência à Covid-19 em Goiana é desativado; ocupação de leitos segue abaixo dos 60%

UPAE Goiana - Aluisio Moreira / SEI

O Hospital de Referência à Covid-19 – Unidade Goiana, que funcionava na Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (Upae) do município, na Zona da Mata Norte do Estado, encerrou suas atividades de caráter hospitalar nesta segunda-feira (26).

A desmobilização de leitos para casos específicos do novo coronavírus se mantém em Pernambuco, segundo o Governo do Estado, devido à estabilização da ocupação média de leitos, que segue abaixo de 60% desde maio. Pernambuco já registrou 93% de ocupação média dos leitos.

Apesar da diminuição de casos e mortes pela Covid-19, é necessário lembrar que Pernambuco ainda tem transmissão comunitária do vírus e que apenas cuidados de higiene e respeito ao distanciamento social podem garantir a continuidade de queda nos números da Covid-19.
 

A unidade desativada para exclusividade de casos da Covid-19 em Goiana voltará a funcionar dentro do seu perfil original, com consultas ambulatoriais especializadas.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) já realiza os trâmites para selecionar a organização social que irá gerir o equipamento, beneficiando a assistência às doenças crônicas dos moradores das dez cidades que compõem a XII Gerência Regional de Saúde (Geres).

A Upae de Goiana foi construída e equipada pelo Grupo Fiat-Chrysler Automobiles (FCA). Com a desmobilização dos leitos hospitalares, parte dos equipamentos, que não será usada no serviço ambulatorial, será realocada para a outra unidade de saúde que continuará prestando assistência aos pacientes acometidos pelo novo coronavírus.  Na região, o atendimento continuará sendo feito pelo Hospital Belarmino Correia, em Goiana.

Entre a metade de maio e o início de junho, o Estado registrou ocupação média máxima de 93% nos leitos destinados ao tratamento da Covid-19. Nessa segunda-feira (26), das 790 vagas de terapia intensiva abertas para casos mais graves, 72% estão ocupadas. A maior ocupação de UTI registrada foi de 99%, nos últimos dias de abril, quando Pernambuco contava com 312 vagas de terapia intensiva. Já em relação aos leitos de enfermaria, voltados para casos moderados e leves, dos 933 leitos disponíveis atualmente, menos da metade (45%) está ocupado. 

Os hospitais da rede pública estão funcionando com internação inferior aos meses anteriores da pandemia segundo o Governo de Pernambuco. O Hospital Getúlio Vargas (HGV) está com 60% dos leitos de UTI ocupados, enquanto apenas 20% dos leitos de enfermaria estão preenchidos. O Hospital de Referência Unidade Boa Viagem Covid-19, antigo Alfa, tem 74% de ocupação dos leitos de UTI e 80% dos leitos de enfermaria ocupados.

Ainda no Recife, no Real Hospital Português (RHP), um dos serviços privados considerado referência no tratamento da Covid-19 e que tem contratualização com o Governo de Pernambuco, dos 40 leitos disponíveis para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), 28 estão ocupados.

Já o Hospital Dom Helder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana, tem ocupação de 75% das vagas de terapia intensiva e 80% dos leitos de enfermaria.

Em Caruaru, no Agreste, o Hospital Mestre Vitalino (HMV) está com ocupação de UTI em 70%, enquanto os leitos de enfermaria têm ocupação de 60%. 

“O Governo de Pernambuco continua monitorando, diariamente, os indicadores da Covid-19 e vamos permanecer com o máximo de transparência para levar a informação real e verdadeira para a população. Precisamos reforçar que os próximos passos dependem da atitude de cada um de nós porque o vírus continua circulando. Por isso, para não termos mais mortes e uma volta da ocupação hospitalar, cada um precisa fazer sua parte, usando máscara, lavando as mãos com frequência e praticando o distanciamento social, evitando aglomerações”, salientou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

O secretário ainda informou que a ocupação de leitos no Estado, mesmo com a desmobilização de leitos exclusivos para a Covid-19, se mantém abaixo de 60%. "Com relação aos dados da rede hospitalar, mesmo com a desmobilização dos leitos dedicados para a Covid-19, realizada ao longo dos últimos meses, as taxas de ocupação continuam estáveis e em níveis considerados baixos", ressaltou. Atualmente, a rede pública de saúde conta com 1.723 leitos voltados exclusivamente para pacientes confirmados ou suspeitos da Covid-19, sendo 790 de UTI.