Santa Cruz

Em 'nome da estratégia', Martelotte exalta retornos e explica ausências de Chiquinho e André

Treinador avaliou as atuações de Paulinho e William Alves no triunfo ante o Botafogo/PB, pela Série C

Marcelo Martelotte, técnico do Santa Cruz - Rafael Melo/Santa Cruz

Após sinalizar que deve utilizar os próximos dois jogos como laboratório para impor novos testes no elenco, visando a fase decisiva da Série C, o técnico Marcelo Martelotte tem quase todos os jogadores em mãos a essa altura do campeonato. Ponto positivo e supervalorizado pelo treinador, que no triunfo por 1x0 ante o Botafogo/PB contou os retornos de Paulinho e William Alves ao time principal. Recurso não faltou ao comandante coral, que também teve Chiquinho à disposição, após período afastado por lesão, além do volante André, que iniciou o duelo no banco, e foi utilizado já na etapa final da partida. 

Entre as variantes que permeiam sobre as experimentações impostas, Martelotte explicou sua estratégia de jogo a partir das entradas e ausências de atletas. "Chiquinho ainda não está no melhor de sua condição, está voltando agora. A gente trouxe ele para o jogo com o pensamento de, em caso de necessidade, utilizá-lo durante um período específico. Do jeito que o jogo se desenhou não houve essa necessidade da entrada dele", pontuou. 

"André também tem muita qualidade, vinha jogando bem. A opção por Bileu, a opção por ter dois atacantes mais rápidos do lado do campo, é uma ideia de jogo de pensamento para essa partida, não é definitivo. Mas era o que eu pensava e analisei para esse jogo especificamente", emendou. O volante participou de 27 dos 35 jogos disputados pelo Tricolor na temporada. Na maioria deles, com atuações dignas de elogios. Nos últimos três duelos pela Terceira Divisão, no entanto, o atleta de 20 anos caiu de rendimento, com erros bobos de passe, e desatenção no posicionamento defensivo, fatores que, mesmo considerando a estratégia implementada por Martelotte "jogo após jogo", colocaram em cheque a titularidade. 
 

Ainda no setor defensivo, William Alves e Paulinho protagonizaram parceria com Danny Morais, na zaga, e Bileu, na cabeça de área. A articulação rendeu elogios por parte do treinador, que destacou as atuações dos atletas no duelo, conferindo, segundo ele, uma melhora coletiva na equipe. 

"Os dois foram bem. A gente sabia que Paulinho ainda tinha um déficit com relação a parte física, era quase certo que ele não suportaria os 90 minutos. Foi uma substituição que já estava mais ou menos programada. William (Alves) foi muito bem. Apesar do tempo que ficou fora, fisicamente voltou muito bem. Nós temos mais dois jogadores à disposição, que foram titulares praticamente todo o ano, e que mostraram, mais uma vez, a sua qualidade. A atuação dos dois foi dentro do que a gente esperava conhecendo a qualidade dos atletas. Lógico que isso é importante para que você tenha no coletivo a melhora do seu time como um todo".

O parceiro do capitão tricolor no miolo de zaga, contudo, ainda está sob estudo. A primeira prova será tirada no próximo sábado (31), quando o técnico ganha a opção de contar com Célio Santos, que volta de suspensão, para o confronto diante do Imperatriz/MA, lanterna da competição.