EUA

The Economist declara apoio a Biden e diz que Trump profanou valores dos EUA

A revista afirma que o país está ainda mais infeliz e dividido do que quando Trump foi eleito, em 2016

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Saul Loeb/AFP

Em um editorial publicado nesta quinta-feira (29), a revista britânica The Economist declarou apoio a Joe Biden, candidato do Partido Democrata à Casa Branca, e afirmou que o atual presidente, Donald Trump, "profanou os valores que fazem dos EUA um farol para o mundo".

A revista afirma que o país está ainda mais infeliz e dividido do que quando Trump foi eleito, em 2016, e que o republicano é um dos principais responsáveis por tornar a política americana mais raivosa.

No texto intitulado "Por que tem que ser Joe Biden", a Economist diz que o democrata "não é uma cura milagrosa" para os EUA, mas é "um bom homem que restauraria a estabilidade e a civilidade à Casa Branca".

"É por isso que, se tivéssemos [direito a] um voto, ele iria para Joe", afirma a revista.

O editorial segue enumerando uma série de ações de Trump - a quem a revista se refere como "Rei Donald" - que representariam falhas do presidente como "guardião dos valores da América e consciência da nação".

A lista inclui as políticas anti-imigração que "separaram cruelmente as crianças de seus pais", a negação das mudanças climáticas, a postura combativa contra as manifestações antirracismo e a resposta errática do governo à pandemia de coronavírus.

"Mais quatro anos de um presidente historicamente ruim como o Trump aprofundariam todas essas feridas - e [causariam] mais. Em 2016, os eleitores americanos não sabiam em quem estavam votando. Agora eles sabem", diz a revista.

A publicação afirma que a escolha dos americanos nesta eleição é fatídica, em que está em jogo a democracia no país, e que a vitória de Biden seria uma promessa de renovação.