Flordelis diz que denúncia contra ela foi baseada em depoimentos anônimos
lordelis é acusada de ter sido a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo Souza
A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) publicou neste domingo (1º) um vídeo em suas redes sociais no qual afirma que caiu o sigilo do processo que investiga a sua suposta participação no assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo de Souza, 42. No vídeo, a pastora e deputada federal afirmou que a denúncia contra ela foi baseada em depoimentos anônimos enviados por meio da internet. Flordelis é acusada de ter sido a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo Souza.
"A denúncia foi aceita e está dentro de um processo para descontruir a minha imagem. E o que mais me espanta nisso tudo é que esses depoimentos de anônimos e até de pessoas que têm o nome escrito aqui [no processo] não são depoimentos, são apenas falas. Não há provas contidas aqui", diz a deputada.
Flordelis ainda refuta o argumento da acusação de que ela comandaria uma seita. "Cadê a prova de que eu era essa seita. Cadê a prova de que eu, meu marido e todas as pessoas que me acompanhavam faziam parte de uma seita religiosa? Eu quero provas concretas a esse respeito", disse. A deputada argumentou que depoimentos sem provas não teriam validade e destacou que o processo seria uma tentativa de desconstrução da sua imagem.
"Agora eu decidir me erguer, me levantar, porque agora o processo saiu de segredo de Justiça. Eu agora tenho acesso a ele. Estou lendo pausadamente cada página desse processo", disse a deputada. Flordelis ainda disse que estão tentando destruir a vida dela "de maneira cruel e covarde" com mentiras. "Eu estou sofrendo, mas eu não vou permitir que continuem fazendo isso sem que eu reaja".
O pastor Anderson foi assassinado com mais de 30 tiros dentro da própria casa, em Niterói, região metropolitana do Rio. De acordo com investigações da Polícia Civil, o plano para matar o pastor começou em maio de 2018, com um envenenamento em doses por arsênico.
A deputada foi indiciada por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa majorada. Para a polícia, a motivação do crime foi a insatisfação com a maneira que o pastor Anderson administrava a vida financeira da família.
Flordelis não foi presa por causa da imunidade parlamentar. Nesse caso, apenas os flagrantes de crimes inafiançáveis são passíveis de prisão. Nesta quarta-feira (28), a mesa diretora da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o parecer do corregedor parlamentar, Paulo Bengtson (PTB), que recomenda o encaminhamento ao Conselho de Ética do processo que pode levar à cassação da deputada.