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Pix teve 1.570 operações nas primeiras oito horas de fase restrita, diz BC

De acordo com balanço parcial divulgado pelo Banco Central, o valor médio das transações foi de R$ 90 e a maior operação feita foi de R$ 35.000

Pix - Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

Nas primeiras oito horas de fase restrita -das 9h às 17h desta terça-feira (3)- foram feitas 1.570 operações pelo Pix (sistema de pagamentos instantâneos).

De acordo com balanço parcial divulgado pelo Banco Central, o valor médio das transações foi de R$ 90 e a maior operação feita foi de R$ 35.000.

Nesta etapa, o sistema funciona para uma quantidade limitada de clientes, das 9h às 22h, exceto às quintas e sextas, quando o serviço começará a funcionar às 9h e só será interrompido às 22h de sexta.

A fase restrita vai até 15 de novembro. Às 9h do dia seguinte, o sistema começa a funcionar plenamente e será oferecido para todos os clientes das instituições financeiras cadastradas.

De acordo com a autoridade monetária, alguns bancos tiveram problemas nas primeiras horas de funcionamento.
"É normal que no período de iniciação do sistema as instituições tenham instabilidade, mas a infraestrutura do BC funcionou sem problemas", disse o chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro, Ângelo Duarte.

"Algumas permanecem com problemas, mas devem ser sanados ao longo dos dias, o período serve para isso", afirmou.

Entre terça e domingo (8), os bancos poderão disponibilizar o serviço para um grupo equivalente entre 1% e 5% do total de clientes.

"Não temos quantos usuários participam dessa primeira fase, é uma escolha dos bancos, mas podemos dizer que o total de clientes das instituições que participam do Pix representa 97% de todas as contas do sistema financeiro", destacou o chefe-adjunto do departamento, Carlos Eduardo Brandt.

A partir de 9 de novembro, a instituição poderá aumentar gradualmente o número de clientes até que comece a funcionar plenamente.

O Pix permite mandar dinheiro para outra pessoa ou empresa de maneira instantânea (em menos de 10 segundos) e independentemente de qual seja a instituição de recebimento.

"Mesmo quando começar a funcionar plenamente, a expectativa é que tempo de 10 segundos seja para 99% das operações, mas existe essa tolerância de 1%. Além disso, 50% das transações devem ser feitas em menos de 6 segundos", explicou Brandt.

As transações poderão ser feitas 24 horas por dia, nos sete dias da semana, incluindo feriados, e acontecerão de maneira gratuita para pessoas físicas e microempreendedores individuais.

O registro das chaves de clientes começou em 5 de outubro e, segundo o BC, mais de 60 milhões foram cadastradas por cerca de 25 milhões de pessoas e 1 milhão de empresas.

Uma pessoa pode fazer até 5 chaves por conta-corrente e uma empresa, até 20.

No cadastro das chaves, o usuário vincula ao número do celular ou ao endereço de e-mail, por exemplo, as informações pessoais e bancárias dele.

Na prática, quem fizer o cadastramento das chaves não vai precisar informar todos os seus dados na hora de transferir dinheiro ou pagar conta pelo Pix, ela precisará apenas falar a chave cadastrada (CPF, email ou número de celular, por exemplo).

Os clientes também poderão fazer pagamentos com a nova ferramenta, por QR Code.

Ao todo, 762 instituições participam do Pix nesta primeira fase.

Uma nova reabertura para o cadastro está prevista para 1º de dezembro, momento em que as companhias que ainda não se inscreveram, que foram vetadas ou que desistiram terão a oportunidade de fazer um novo pedido de participação no sistema de pagamentos instantâneos.