Em discurso sem provas e perto da derrota, Trump ataca a democracia
Trump fez inúmeros ataques ao sistema de votação por correio, que ele diz favorecer apenas os democratas
No dia em que viu o adversário se aproximar mais da vitória e teve derrotas nos tribunais, Donald Trump voltou a acusar fraudes nas eleições, sem apresentar provas.
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"Se contarmos os votos legais, eu ganho fácil. Se contar os ilegais, podem tentar roubar a eleição de nós", disse Trump, em um discurso na Casa Branca.
Trump elencou uma série do que ele vê como indicadores de fraudes, mas não apresentou provas. Ele reclamou que observadores republicanos não foram autorizados a acompanhar a apuração de perto, e disse que um grande trabalho jurídico está em andamento para questionar a contagem em vários estados.
O presidente diz que os locais de apuração estão incluindo cédulas na contagem que não deveriam ser consideradas, por terem chegado após o dia da eleição. No entanto, vários estados possuem leis que preveem essa prática, e a Justiça a considerou legal.
O republicano disse que "a grande mídia e o dinheiro grande" se aliaram aos democratas para roubar a eleição dele. DIsse que pesquisas divulgadas às vésperas da votação, que mostraram Biden à frente, fizeram com que menos eleitores fossem às urnas para votar nele e atrapalharam as arrecadações de campanha.
"Tentaram criar uma ilusão de um 'momento' Biden. Pesquisas falsas diziam que ele venceria por cinco pontos na Flórida, e ganhamos lá", afirmou.
Trump fez inúmeros ataques ao sistema de votação por correio, que ele diz favorecer apenas os democratas. "É um sistema que torna as pessoas corruptas mesmo que não seja da natureza delas", disse.
Também houve ataques ao sistema de voto presencial: disse que a identidade dos eleitores não foi checada de forma adequada, e que houve pouco controle sobre quem podia ou não votar.
O discurso incluiu, ainda, ataques às cidades onde a apuração mostra que ele perdeu nas urnas. "A Filadélfia é um dos lugares mais corruptos do país. E Detroit não tem a melhor reputação eleitoral", disse o presidente, também sem provas.