Inflação

Recife registra maior inflação do ano em outubro

Índice cresce pelo quinto mês seguido e é o segundo maior do Brasil no acumulado do ano

Inflação de outubro é a maior do ano na RMR - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A inflação da Região Metropolitana do Recife registrou o maior índice do ano em outubro: 0,82%. Este foi o quinto aumento seguido, consolidando tendência de alta nos preços de produtos e serviços. Em relação a setembro, o crescimento foi de 0,04 ponto percentual (p.p), sendo a quinta menor variação mensal entre as 16 localidades pesquisadas. Os dados são do IBGE.

No acumulado do ano, Recife registra a segundo maior inflação entre as capitais do país, com variação de 3,62%, ficando atrás apenas de Campo Grande (MS), que tem variação acumulada de 4,36%. Nos últimos 12 meses, o crescimento da inflação na RMR é ainda maior: 4,77%. Nas duas variações acumuladas, os indicadores superam a média brasileira, que marcou inflação de 2,22% no ano e 3,92% nos últimos 12 meses.

Em outubro de 2019, a inflação recifense era de 0,10%, ou seja, 0,72 p.p a menos do que o mesmo período de 2020. Dos nove grupos de alimentos e serviços, oito apresentaram alta em outubro. O setor de Alimentos e bebidas, com 1,74%, foi o principal responsável pelo aumento da inflação no munícipio. A maior variação individual de preços, porém, foi registrada nas passagens aéreas, com 47,67%, que junto com a batata inglesa e o coentro tiveram maior aumento no último mês.

O arroz, cujo aumento de preços chamou a atenção ao longo do ano, ficou em 7º lugar entre os dez produtos com maior reajuste no mês, com 15,08%. Já o ritmo da escalada de preços do óleo de soja diminuiu: em setembro, foi de 39,33%; em outubro, o índice baixou consideravelmente para 9,47%.

Os outros grupos que mais impulsionaram o IPCA foram os de Artigos de Residência (1,57%), Transportes (1,33%) e Vestuário (1,30%). O setor de Habitação, por sua vez, foi o único que apresentou queda: -0,09%. Os cinco produtos e serviços que mais baixaram de preço em outubro na RMR foram a cebola (-11,34%), o mamão (-7,69%), os exames de imagem (-5,82%), a água sanitária (-3,37%) e a melancia (-3,13%).