Trump pede à Suprema Corte que mande Pensilvânia parar de contar votos recebidos após dia da eleição
Os advogados do Partido Republicano pediram que as cédulas recebidas pela Pensilvânia após o dia da eleição, terça (3), não sejam incluídas no resultado final
O Partido Republicano de Donald Trump entrou, nesta sexta (6), com mais uma ação na Suprema Corte dos Estados Unidos questionando a contagem dos votos da eleição presidencial.
Os advogados da legenda pediram que as cédulas recebidas pela Pensilvânia após o dia da eleição, terça (3), não sejam incluídas no resultado final e sejam armazenadas de forma separada. Eles argumentam que essas cédulas somente foram aceitas pelas autoridades eleitorais por causa de uma liminar que ainda pode ser revista.
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Em 28 de outubro, a Suprema Corte dos EUA negou um pedido dos republicanos e permitiu que a Pensilvânia contasse as cédulas antecipadas que fossem recebidas pelas autoridades eleitorais até a sexta-feira, desde que tivessem sido postadas até o dia da eleição, terça (3).
No mesmo dia, a secretária de estado da Pensilvânia, Kathy Boockvar, emitiu uma portaria que ordenou que os centros de contagem armazenassem e contassem esses votos de forma separada. Assim, caso a Corte revisse sua decisão após a eleição, seria possível recalcular os resultados.
No entanto, em uma segunda portaria emitida no domingo (1º), a secretária determinou a contagem imediata dessas cédulas.
Os advogados do Partido Republicano afirmam que ao menos 25 condados do estado não informaram se estão separando os votos, e que eles estão sendo incluídos nos resultados parciais junto com os demais tipos de cédulas.
O julgamento da Suprema Corte do fim de outubro foi tomado por 4 votos a 4 -os quatro juízes conservadores se opuseram à extensão do prazo, os três liberais foram a favor e o presidente da Corte deu a palavra final. O principal argumento usado pelo lado vencedor foi que estava muito em cima da hora para mudar as regras eleitorais.
Os conservadores afirmaram, no entanto, que a Corte deve reavaliar a questão após as eleições.
A juíza Amy Coney Barrett havia tomado posse apenas dois dias antes, por isso não participou do julgamento. Apontada por Trump após a morte da liberal Ruth Bader Ginsburg, Barrett consolidou a maioria conservadora no tribunal constitucional americano: atualmente há 6 juízes conservadores e 3 liberais.
Caso ela participe do novo julgamento, seu voto poderia desempatar a disputa a favor de Trump.