Seleção busca melhor início nas Eliminatórias desde 1981
O time pentacampeão abriu sua caminhada para o Mundial de 2022 com um triunfo sobre a Bolívia por 5 a 0
A partida contra a Venezuela, no Morumbi, oferece à seleção brasileira a oportunidade de registrar seu melhor início de campanha nas Eliminatórias em um longo período. A equipe não começa a disputa com três vitórias desde o torneio qualificatório para a Copa de 1982.
O time pentacampeão abriu sua caminhada para o Mundial de 2022 com um triunfo sobre a Bolívia por 5 a 0, em São Paulo, e uma virada por 4 a 2 contra o Peru, em Lima. De volta à capital paulista, vai enfrentar os venezuelanos a partir das 21h30 desta sexta (13).
A formação verde-amarela pretende consolidar o bom princípio e evitar uma trajetória espinhosa rumo ao Qatar. A ideia é fugir dos sustos das Eliminatórias de 2018, afastados só quando Tite assumiu o lugar de Dunga no comando.
Pela primeira vez à frente da seleção desde o começo de um ciclo de Copa do Mundo, Tite vem convivendo com críticas após o fracasso na Rússia em 2018. Ele deu uma resposta conquistando a Copa América de 2019 e agora busca construir a equipe que voltará a brigar pelo hexa.
Neymar é novamente a aposta para desequilibrar, mas o treinador trabalha por alternativas. A Copa América foi levantada sem o craque –que, de novo machucado, está fora do confronto desta sexta. "Já jogamos sem o Neymar e fomos campeões. Claro que sentimos a ausência dele, o protagonista, mas temos uma base e sabemos o que fazer com ou sem ele", afirmou o atacante Richarlison.
O plano diante da Venezuela é repetir a estratégia usada para atropelar a Bolívia, com uma formação agressiva desenhada para furar retrancas. Não faltam ao adversário atletas acostumados a atuar em solo brasileiro. Estão no grupo convocado pelo português José Peseiro o meia Otero (Corinthians) e os atacantes Savarino (Atlético-MG), Soteldo (Santos) e Hurtado, (Red Bull Bragantino). Savarino e Soteldo deverão ser titulares.
Do lado dos anfitriões, além de Neymar, estão fora o volante Casemiro, com Covid-19, e o meia Philippe Coutinho, machucado. Allan entrará na cabeça da área, Everton Ribeiro ficará com o posto na armação e Gabriel Jesus, no ataque.
Há ainda uma alteração não forçada. Com seus três goleiros à disposição, Tite observou Ederson em melhor momento em relação a Alisson e Weverton, e o arqueiro do Manchester City será titular.
Os venezuelanos procuram mostrar confiança em uma zebra, mas ainda não conquistaram nenhum ponto, enquanto os brasileiros tentam repetir o feito do time em 1981. Os então tricampeões estrearam com vitória por 1 a 0 sobre a Venezuela, em Caracas, gol de Zico. Em La Paz, com gols de Sócrates e Reinaldo, fizeram 2 a 1 na Bolívia. Na sequência, voltaram a bater os bolivianos, no Rio, por 3 a 1, com Zico marcando três vezes.
O torneio qualificatório tinha um formato diferente, bem mais enxuto. Em um grupo de três equipes, o primeiro colocado assegurava presença na Copa da Espanha. No quarto e último jogo, a equipe ainda goleou a Venezuela por 5 a 0, em Goiânia, com gols de Tita (2), Sócrates, Zico e Júnior.
De lá para cá, jamais a campanha teve 100% de aproveitamento nas três partidas iniciais. A chance é boa para repetir a marca antes do duro confronto com o Uruguai, na terça (17), em Montevidéu.
BRASIL
Ederson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Allan, Douglas Luiz e Everton Ribeiro; Gabriel Jesus, Roberto Firmino e Richarlison. T.: Tite
VENEZUELA
Faríñez; Feltsche, Osorio, Ángel e Rosales; Cásseres, Rincón e Moreno; Savarino, Machís e Rondón. T.: José Peseiro
Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP)
Horário: 21h30 (de Brasília) desta sexta-feira (13)
Árbitro: Juan Benítez (PAR)
Assistentes: Eduardo Cardozo e Milciades Saldivar (PAR)
VAR: Eber Aquino (PAR)
Transmissão: TV Globo e SporTV