Música

Fundaj: Sonora Coletiva convida Bento Araujo para falar da psicodelia pernambucana

O agitado Recife dos anos 1970 entra em pauta em live nesta quinta (19), às 19h, no Canal multiHlab

Bento Araujo - Reprodução

Nesta quinta-feira (19), às 19h, a Sonora Coletiva, da Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), convida o autor do livro ‘Lindo Sonho Delirante - 100 discos psicodélicos do Brasil’ (2016), o jornalista Bento Araujo, para um bate-papo sobre a psicodelia pernambucana. A gravadora Rozenblit, localizada na capital pernambucana, teve importante participação na produção de diversos discos que marcaram a época dos anos 70. 

Para dar continuidade ao papo, participam também da conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, responsáveis pelo canal experimental de áudio Sonora Coletiva e pela coleção Cenas Musicais de Pernambuco no Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), integrante do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Casa. A transmissão será no Canal multiHlab, no YouTube.

Criador e editor da paulistana poeira Zine, publicação independente bimestral, Bento Araujo dedicou mais de uma década à produção da coleção ‘Lindo Sonho Delirante’. Dividida em três volumes — com apenas dois lançados —, o jornalista destaca os mais importantes “discos psicodélicos, audaciosos e ousados” em terras tupiniquins, produzidos e lançados entre 1968 e 2000. Na live, ele promete falar do contexto em que ocorreu a chamada cena musical psicodélica no Brasil e, em particular, em Pernambuco. Em sua obra, o autor reconhece o legado do Estado em produzir “os discos independentes mais experimentais da indústria fonográfica do País”. 

“A psicodelia dos jovens nordestinos gerou uma revolução totalmente marginal, que anos depois desembocaria na radical cena psicodélica pernambucana de Lula Côrtes, Lailson de Holanda, Marconi Notaro, Flaviola e outros. Hoje, essa cena é quase tão cultuada por colecionadores de discos mundo afora como a cena psicodélica de San Francisco, nos Estados Unidos”, revela Bento, que marca a década de 1970 e o surgimento do tropicalismo como propulsores. Neste cenário, nasce, como dito, Paêbiru. Mas, também,  Satwa, de Lailson e Lula Côrtes, No Sub Reino dos Metazoários, de Marconi Notaro, e o Ave Sangria — que gravou no Rio de Janeiro.

Serviço

Sonora Coletiva conversa com Bento Araujo
Participantes: Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto
Data: quinta-feira, 19 de novembro
Horário: 19h
Transmissão no Canal multiHlab