TSE avalia marcar eleição municipal em Macapá para 6 de dezembro
Após apagão e adiamento, Justiça programou votação para dia 13, mas poderá atender parcialmente pedido de grupo de nove coligações e adiantar 1º turno
A pedido dos partidos políticos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avalia a possibilidade de realizar as eleições do município de Macapá, capital do Amapá, no dia 6 de dezembro, ao invés de 13 de dezembro, para quando a votação havia sido postergada.
O pleito na capital amapaense, inicialmente previsto o último domingo (15) como no restante do País, foi adiado a três dias da votação. A decisão levou em conta a falta de energia em algumas regiões do Estado após um incêndio atingir uma subestação de energia.
Em Macapá, João Alcolumbre (DEM), irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é o favorito nas pesquisas eleitorais. O democrata se envolveu pessoalmente tanto na questão da solução da crise energética, quanto no imbróglio eleitoral.
Um ofício encaminhado no sábado (14), véspera da eleição, à Corte Eleitoral, encabeçado pelas 9 coligações rivais da chapa favorita, pede para antecipar o pleito para 29 de novembro. A Justiça Eleitoral, porém, deverá atender parcialmente o pedido e adiantar em apenas uma semana (não duas como pedem essas siglas).
Para isso, são necessárias as condições perfeitas técnicas, sobretudo a garantia da segurança pública, especialmente na capital do Estado, onde houve protestos contra o blecaute de energia e o desabastecimento de água. Segundo alguns relatos, distúrbios esses estimulados por campanhas na capital.
No documento, os partidos alegam que tropas federais poderiam assegurar a segurança para o pleito.
“O motivo invocado para o adiamento das eleições, notadamente o baixo efetivo de força militar para manutenção da ordem nos locais de votação e garantia da segurança dos eleitores, podem ser equacionados com a requisição e o envio de tropas federais e a redistribuição do efetivo militar e civil hoje existente após a realização do 1º turno nos demais municípios do Estado do Amapá, não sendo razoável o adiamento da eleição para data tão distante”.
Os 9 candidatos argumentam ainda que, quanto mais distante a eleição, maiores os custos das campanhas eleitorais: “O prejuízo em termos financeiros e políticos serão imensuráveis, considerando o dispêndio de esforço e recursos já realizados pelas candidaturas majoritárias e proporcionais”.
Por isso, dizem, “é imperioso que as eleições ocorram em data próxima sob pena de deslegitimar o processo eleitoral”.
A Justiça Eleitoral vai ouvir, durante os próximos dias, todas as autoridades envolvidas para a realização do pleito. Com isso, a expectativa é que, até o final da semana, já haja uma nova data para realizar as eleições em Macapá.