Estudantes do 1º ao 5º ano da rede privada retornam às aulas presenciais em Pernambuco
Após oito meses de suspensão, volta seguiu o protocolo sanitário estabelecido pelo Governo do Estado, além de normas adotadas pelas próprias instituições de ensino
Após oito meses de suspensão, alunos do 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental retornaram às aulas presenciais, na manhã desta terça-feira (17), em escolas da rede particular de Pernambuco. A volta seguiu o protocolo sanitário estabelecido pelo Governo do Estado, além de normas adotadas pelas próprias instituições de ensino.
Como o retorno ao convívio em sala de aula ainda é optativa, alguns pais preferiram manter os seus filhos em casa. Escolas como o Colégio Adventista, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, mantêm um sistema híbrido de ensino, permitindo também a escolha pela aula remota. Ao todo, cerca de 42% dos estudantes matriculados aderiu à volta.
“O maior desafio tem sido a aceitação dos pais. A gente vem trabalhando essa conscientização sobre as normas de segurança há muito tempo, tirando as dúvidas dos pais por meios de lives e conversas no WhatsApp”, explica o diretor da instituição, Albert Andrade.
Para receber os alunos, a escola precisou fazer algumas adaptações. Há sinalizações indicando a distância necessária entre as crianças dentro e fora das salas de aula, além de álcool em dispensers para a higienização das mãos. Os bebedouros coletivos também foram desativados. Já o intervalo ocorre dentro das salas, com os alunos sentados, e o lanche precisa ser trazido de casa.
No Colégio Fazer Crescer (CFC), no bairro do Rosarinho, foi criado um aplicativo para o uso da cantina. Os pedidos são realizados por celular ou através de um totem instalado próximo ao refeitório. Na hora do intervalo, os alimentos e as bebidas são entregues aos alunos, que consomem os produtos em mesas individualizadas, com distanciamento entre elas.
“O intervalo costumava ser a hora de maior fluxo. Esse momento da refeição, quando as crianças precisam tirar suas máscaras, sempre foi uma das maiores dificuldades em termos de contaminação. Com a ajuda da tecnologia, chegamos a uma maneira prática de garantir a segurança de todos”, explica Mônica Duarte, gerente de marketing da escola.
Para Nina Maia, de 8 anos, aluna do 3º ano do CFC, a volta à escola era algo muito aguardado. “Eu fiquei muito feliz em poder rever as professoras e o meus amigos, mesmo sem chegar muito perto. Estava com muitas saudades também de fazer as tarefas nas salas, porque não é a mesma coisa online”, comenta.