Museu do Estado de Pernambuco abre exposição 'Antropocenas'
Com curadoria de Filipe Campello, mostra apresenta obras de Isabela Cribari, Thina Cunha e Silvio Zancheti
A partir desta quinta-feira (19), às 18h, o Museu do Estado de Pernambuco (Mepe) abre as portas para a sua primeira exposição inédita desde o início da pandemia. Com curadoria de Filipe Campello, “Antropocenas” traz obras assinada pelos artistas Isabela Cribari, Thina Cunha e Silvio Zancheti.
O título escolhido para a mostra remete ao Antropoceno, termo utilizado por cientistas para descrever o período mais recente na história do planeta Terra, que é profundamente marcado pela ação humana. A junção de três artistas distintos traz à tona formas diferentes de ver e estar neste mundo enquanto sujeito.
Inspirada na escritora Clarice Lispector, Isabela Cribari apresente o trabalho intitulado “Claríssima Escuridão”. As fotografias preparadas por ela escapam de suas superfícies e ganham espaços, deixando-se traduzir também enquanto deslocamento, opacidade, obstáculo, travessia e abismo.
“Dois mundos – um mundo”, de Silvio Zancheti, aponta para a memória afetiva. Numa composição entre telas e esculturas, o artista resgata uma viagem de 40 dias, quando conviveu com os Kamayurás no parque nacional do Xingu. As peças compartilham formas geométricas, que trazem um contrastante entre a explosão de cores das telas e o monocromatismo dourado das esculturas.
Já “Nuvem”, assinado por Thina Cunha, tem como inspiração o modo de vida ligado às redes sociais e novas mídias. Tensionando os limites entre sensações de realidade e virtualidade, ela traz um pêndulo semiesférico e uma nuvem informacional, cuja textura lembra a de um recife de corais. As visitações da exposição “Antropocenas” seguem até o dia 20 de dezembro.