ONU retira maconha do rol de drogas mais perigosas
O Brasil foi um dos países a votar contra a proposta, a exemplo de China, Egito, Rússia e Turquia
Um marco na descriminalização da maconha foi firmado em decisão histórica da ONU, que aprovou recomendação para reclassificar a maconha, retirando-a da lista dos narcóticos considerados "perigosas". A decisão é um passo importante para ampliar o uso dos princípios medicinais da cannabis. O Brasil foi um dos países a votar contra a proposta, a exemplo de China, Egito, Rússia e Turquia.
Entre os países da América Latina, Uruguai, Colômbia, Equador e México foram favoráveis. EUA, Canadá e grande parte da Europa também endossaram a proposta apresentada pela OMS em 2019. Contudo, o resultado foi bastante dividido e a votação sofreu resistência para ser realizada. Quando o tema foi finalmente à plenário, nesta quarta-feira (2), 27 países votaram pela reclassificação e 25 foram contrários e um se absteve.
Comissão
O tema foi votado pela Comissão de Narcóticos da ONU, integrada por 53 países, que votaram pelo acolhimento da recomendação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A lista de drogas mais perigosas da qual a maconha foi retirada é o Anexo IV da Convenção sobre Drogas Narcóticas de 1961. Mesmo com a decisão, não há relação direta para uma liberalização da maconha. O tratado internacional concede a cada um dos países total soberania para decidir sobre como lida com a maconha. Hoje 40 países já reconhecem o uso medicinal da planta.