Vacina

Em carta, servidores da Anvisa dizem que não se dobram a pressão política

Agência acabou sendo envolvida no embate entre João Doria e o presidente Jair Bolsonaro

Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa - EBC

Servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgaram uma carta aberta em defesa da agência, que está no meio de uma disputa política provocada pela corrida para a obtenção de vacinas contra a Covid-19.
 
Na carta, os funcionários reafirmam "o caráter técnico e independente dos trabalhos e das atividades desenvolvidos pelos servidores da agência na promoção e na proteção da saúde da população". Eles se dizem acostumados a situações delicadas, mas asseguram que "o trabalho técnico está acima de qualquer pressão".
 
"Ao longo dos seus 20 anos de existência, a agência consolidou-se como uma referência no setor de saúde justamente pelo trabalho desenvolvido por seus servidores, que resultou na reconhecida excelência da sua atuação regulatória e na credibilidade de suas ações e decisões, baseadas exclusivamente em critérios técnicos e científicos", diz o documento, que tem a chancela da Univisa, entidade que representa os servidores.


A Anvisa acabou sendo envolvida no embate entre o governador de São Paulo, João Doria, e o presidente Jair Bolsonaro, que divergem sobre os prazos e a forma de liberação das vacinas.
 
O documento reafirma que o corpo técnico da agência tem "trabalhado incansavelmente, por meio de avaliação técnica criteriosa", para que as vacinas liberadas sejam "seguras, eficazes e produzidas com qualidade".
 
"Podem ter certeza de que nós, servidores da Anvisa, não faltaremos ao povo brasileiro e daremos nossas melhores energias e todo o nosso conhecimento técnico para aprovar, com segurança e com a urgência que a situação exige, as vacinas que o país aguarda com tanta ansiedade", diz a carta.