EUA compra mais 100 milhões de doses da vacina da Moderna
Acordo aumenta as doses compradas da empresa americana de biotecnologia Moderna para 200 milhões, o suficiente para imunizar 100 milhões de pessoas
Os Estados Unidos compraram 100 milhões de doses adicionais da vacina da Moderna contra a Covid-19, anunciou o Departamento de Saúde, nesta sexta-feira (11).
O acordo aumenta as doses compradas da empresa americana de biotecnologia Moderna para 200 milhões, o suficiente para imunizar 100 milhões de pessoas, já que a vacina é administrada em duas vezes.
"Garantir outras 100 milhões de doses da Moderna até junho de 2021 expande ainda mais nosso suprimento de doses em todo o portfólio de vacinas da Operação Warp Speed", disse o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar.
Um comunicado da empresa de biotecnologia, com sede no estado de Nova York, disse que o novo pedido será entregue no segundo trimestre de 2021, enquanto o primeiro pedido seria realizado no primeiro trimestre.
O financiamento federal total alocado à Moderna para a vacina mRNA-1273, que foi co-desenvolvida com o National Institutes for Health (NIH), é agora de 4,1 bilhões de dólares.
O último acordo acontece após a imprensa americana afirmar que, durante o verão no país, o governo optou por não estender seu pedido da vacina Pfizer/BioNTech além das 100 milhões de doses que havia encomendado inicialmente, permitindo que outros países comprassem suprimentos preciosos.
Uma autorização de uso de emergência é considerada iminente para a vacina da Pfizer, que também é administrada em duas doses, depois que um comitê de especialistas independentes votou a seu favor na quinta-feira.
Um painel de especialistas semelhante será convocado para discutir a vacina Moderna/NIH em 17 de dezembro, e a aprovação de emergência poderá ocorrer logo em seguida.
Segundo a Moderna, foi comprovado que a vacina teve 94,1% de eficácia em um ensaio clínico envolvendo 30.000 pessoas.
Ambos os pioneiros usam a tecnologia RNAm (ácido ribonucleico mensageiro), uma nova abordagem que entrega instruções genéticas às células humanas para fazê-las expressar uma proteína de superfície do vírus SARS-CoV-2.
Isso simula uma infecção e prepara o sistema imunológico caso encontre o vírus real.
O desenvolvimento dessas vacinas é mais rápido do que as abordagens mais tradicionais, que frequentemente dependem do uso de formas enfraquecidas ou inativadas de micróbios causadores de doenças.
A principal desvantagem identificada até agora é que as moléculas de RNAm, que são envoltas em partículas de gordura, têm de ser armazenadas em temperaturas ultra-baixas: -70 graus Celsius para a vacina da Pfizer, -20 graus Celsius para a da Moderna.