Francisco Brennand: um ano de memória afetiva por todo seu legado
Um dos maiores nomes da arte no Brasil morreu em 19 de dezembro de 2019, por complicações de uma infecção respiratória, aos 92 anos
Há um ano a arte perdia Francisco Brennand, ceramista, escultor, pintor e executor de uma cultura suntuosa e inestimável. Ele, aos 92 anos, morreu por complicações de uma infecção respiratória, após dez dias hospitalizado.
Fisicamente Brennand deixou órfão um viés da arte, cuja obra, dotada de forma única e segura, pode ser elevada ao patamar de insubstituível.
Contudo, é no legado deixado pelo maior artista pernambucano de todos os tempos que sua memória se mantém viva, ávida, aliás, por reconhecimento, valorização e, acima de tudo, preservação.
Que o digam as notícias recentes de destruição, vandalismo e roubo das famosas esculturas do parque avistado do Marco Zero, Bairro do Recife - com a principal delas, uma torre em argila e bronze de 32 metros, nominada de “Coluna de Cristal”, destacada com pompa e circunstância, dividindo o Capibaribe do Oceano Atlântico.
Ainda no Recife, o painel do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) e o mural sobre a Batalha dos Guararapes, incrementados por versos de César Leal e de Ariano Suassuna – este, aliás, seu contemporâneo, com quem produziu um jornal literário - esboçam o inigualável de sua obra.
Além da Oficina Cerâmica Francisco Brennand, espaço localizado na Várzea e que abriga esculturas, pinturas, desenhos e murais, entre outras artes, dentro de um conjunto arquitetônico de 15 mil metros quadrados que dimensiona boa parte do que foi o seu fazer artístico.