Hélio vê supremacia do Náutico no segundo tempo
Náutico derrotou o Sampaio Corrêa por 1x0 e segue em reação para sair da zona de rebaixamento da Série B 2020
A vitória do Náutico por 1x0 diante do Sampaio Corrêa, neste sábado (19), nos Aflitos, pela Série B do Campeonato Brasileiro, não tirou o clube da zona de rebaixamento - os pernambucanos estão em 17º, com 31. Mas, sem dúvidas, renovou o ânimo dos alvirrubros para quem sabe deixar o Z4 no futuro. Um triunfo somente possível, de acordo com o técnico Hélio dos Anjos, por conta da evolução da equipe na segunda etapa, após um primeiro tempo fraco.
“Foi um jogo de dois tempos. Eu não gostei do meu primeiro, tanto que meu intervalo foi bem agressivo em relação a rendimento, ao desenvolvimento individual de alguns jogadores. Agora o segundo tempo estava na cara que nós tínhamos tomado todas as deliberações ofensivas”, afirmou.
“Definimos nove jogadas dentro da grande área. O adversário definiu duas. Chutamos 19 gols, o adversário 12. Foi uma supremacia no segundo tempo onde o rendimento individual melhorou de todo o grupo e eu fiquei satisfeito. Sabia que era um jogo dificílimo, afinal de contas estamos enfrentando um time que, se ganha, praticamente entrava novamente no G4. Nós conseguimos fazer um jogo onde o adversário teve de perigo uma bola parada e uma bola no início do jogo”, completou.
Ainda analisando o rendimento do time, o treinador não escondeu a insatisfação com o setor de ataque. “Não gostei do desenvolvimento ofensivo da minha equipe. Estávamos colocando a saída de bola muito em cima dos dois volantes, e isso não estava legal. Meu lado direito do campo não conseguiu produzir do jeito que eu queria. O rendimento, tanto do homem que vinha de trás quanto o que vinha da frente, eu não gostei. A partir do momento que nós tivemos uma conversa um pouco mais dura, um pouco mais conclusiva em relação aos nossos anseios, eu vi o rendimento subir totalmente no segundo tempo”, explicou.
O gol alvirrubro saiu, novamente, em uma jogada de bola parada, assim como no triunfo diante do Brasil de Pelotas/RS. Desta vez, não em chute direto de Jean Carlos, mas no escanteio que achou Camutanga, livre de marcação. Curiosamente, a última vez que o Timbu havia anotado um tento com bola parada (com exceção dos pênaltis) foi justamente na parceria desta mesma dupla, no empate em 1x1 com o CRB, no primeiro turno.
“A bola parada é feita para decidir jogo. O adversário quase fez um gol de bola parada. E se fizesse ele estaria sendo enaltecido. Fizemos um gol de uma bola muito bem executada pelo Jean Carlos e melhor ainda executada pelo Camutanga”, elogiou, destacando ainda o setor defensivo.
“Esse é o quinto jogo que nós não tomamos gol. Em nove jogos, tomamos gols apenas em quatro. Isso é fundamental. Todo time que toma menos gol do que tem de jogo dificilmente não conquista uma pontuação boa. Nós estamos no momento conseguindo uma pontuação razoável e favorável para a gente sonhar com a manutenção na segunda divisão”, concluiu.