Prévia da inflação de dezembro na RMR chega a 1%, segundo maior índice do ano
A prévia da inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de dezembro na Região Metropolitana do Recife, foi de 1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o segundo maior percentual do ano, atrás apenas do mês de outubro, quando o indicador foi de 1,12%. O índice no Grande Recife ficou abaixo da média nacional, que foi de 1,06%, e mesmo assim a prévia da inflação registrou em dezembro o segundo maior acumulado do ano no país, com 5,06%, atrás apenas de Fortaleza (5,79%).
O IPCA-15 mediu as variações de preço em nove grupos de produtos e serviços cujos preços foram coletados entre os dias 13 de novembro e 11 de dezembro. Desta vez, o maior reajuste ocorreu em Habitação, com avanço de 2,17%, puxado pelos materiais de construção e reparos. Já o setor que apresentou uma queda, foi o de Educação, reduzindo 0,04%.
Segundo a gerente de Planejamento e Gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, a pandemia foi algo que as pessoas não esperavam, afetando diretamente o consumidor brasileiro. “Observamos uma inflação fora do que vinha sendo previsto. A pandemia pegou todos de surpresa e tivemos crescimento na parte de alimentos. Entre os 10 produtos que tiveram maior aumento, 9 são de alimentação, isso que puxa o IPCA pra cima. As pessoas em casa, essa parte da conjuntura que foi aumento de um consumo que não era habitual”, analisou.
Entre os produtos e serviços que mais aumentaram de preço, as passagens aéreas foram os que mais chamaram atenção, com uma variação de 44,19%, seguido pela cenoura, com um aumento de 11,64%, e o revestimento de piso e parede, cujo reajuste foi de 9,21%. “A passagem aérea veio com aumento de 44%, isso é reflexo do momento que vivemos de parada absoluta, e quando começa a se amenizar, mesmo não estando tão ameno assim, observamos o preço se recompondo”, disse Fernanda.
No acumulado do ano, a maior variação ficou por conta do óleo de soja, que teve um aumento de 93,94%. Já o tomate, ficou em segundo lugar, com alta de 68,39%. O arroz ocupa o terceiro lugar no ranking de produtos e serviços que mais subiram de preço, com avanço de 67,84%.
“O que a gente viu na previa é alguns produtos que não vinham cotados em variação positiva, vemos alimentação, vestuário, que não eram coisas que passou muitos meses tendo variações negativas e nesse final de ano vê algo em recuperação de preço, reflexo de abertura da economia”, finalizou a gerente do IBGE.