Redes Sociais

Rússia vai lançar seu próprio TikTok, desenvolvido com suposta filha de Putin

O aplicativo foi desenvolvido com o apoio da fundação Innopraktika

TikTok - Reprodução/Internet

A principal holding de mídia da Rússia, a Gazprom-Media, lançará um aplicativo semelhante à rede social TikTok, desenvolvido com o apoio de uma fundação dirigida por uma das supostas filhas do presidente Vladimir Putin.

Nesta quarta-feira (23), o jornal Kommersant citou Alexander Zharov, CEO da Gazprom-Media, dizendo que o aplicativo foi desenvolvido com o apoio da fundação Innopraktika, liderada por Katerina Tikhonova, uma das supostas filhas de Putin.

Ele acrescentou que a holding - propriedade da gigante estatal de energia Gazprom - comprou um serviço chamado "Ya Molodets" ("Sou genial").

 

A Gazprom-Media "usará o software do projeto para acelerar a criação de um novo serviço de vídeo para blogueiros russos", disse Zharov, acrescentando que será lançado em dois anos.

O aplicativo permitirá a produção de vídeos curtos, semelhantes à rede social chinesa TikTok.

Zharov assumiu a Gazprom-Media no início deste ano, depois de deixar o cargo de chefe do Roskomnadzor, o regulador de mídia russo, que estava por trás do bloqueio fracassado do serviço de mensagens Telegram.

A Gazprom-Media é uma das maiores organizações de mídia da Rússia, dona de alguns dos canais de televisão mais assistidos e uma variedade de estações de rádio.

No início deste mês, Zharov anunciou que a Gazprom-Media lançaria dois sites semelhantes ao YouTube nos próximos dois anos, um dos quais será uma versão atualizada do serviço de transmissão ao vivo Rutube, uma plataforma voltada para falantes de russo que a Gazprom-Media adquiriu em 2008.

Na quarta-feira, Zharov disse que a holding estava trabalhando há "cerca de um ano para modernizá-la".

Nos últimos anos, o YouTube se tornou uma plataforma cada vez mais popular entre os jovens russos. Também se tornou uma fonte de notícias independente e uma alternativa aos principais canais de televisão, em sua maioria sob controle estatal.